Moradores do Flexais, no bairro de Bebedouro, denunciam onda de assaltos na região. Segundo o relato de uma das vítimas, dois homens em uma moto chegaram no ponto de ônibus e em um estabelecimento comercial anunciaram o assalto.

“Eles estavam muito agressivos. Chegaram no sentido da Chã da Jaqueira. Eles levaram as bolsas, celulares e pertences de quem estava no ponto e em uma barraca de lanches’’, disse um morador identificado como Carlinhos.

Ainda segundo ele, os criminosos após fazer ao arrastão ainda lhe deu uma coronhada. “Eles estavam muito agressivos, ainda me deram uma coronhada na cabeça. Procuramos os seguranças que são contratados da Braskem, mas eles disseram que não podia fazer nada. Que a gente procurasse a polícia. Ou seja, eles aqui não serve de nada’’, finalizou Carlinhos.

Chorando, uma outra vítima enviou um áudio para à reportagem dizendo que o medo tomou conta de quem mora na localidade. ‘’Eles não levaram meu celular, mas levaram minha bolsa com os cartões e R$ 50. Além disso, a chave de casa - não sei como vou entrar dentro da minha residência hoje {fato aconteceu nesse sábado (18)}’’, contou ressaltando a agressividade dos suspeitos.

Segundo a moradora, pelo menos cinco pessoas foram vítimas dos meliantes. “Pior é nosso psicológico passando por essa situação. Já estamos isolados por aqui, ainda temos que conviver com medo. Eles quase mataram a gente’’. 

De acordo com as vítimas, os criminosos fugiram no mesmo sentido que vieram – na Chã da Jaqueira.

Essa não é a primeira vez que moradores dos Flexais denunciam onda de assaltos na localidade. Em fevereiro, eles contaram para a reportagem do jornal Tribuna Independente, o medo de pegar um ônibus nos pontos da comunidade.

Os Flexais, tanto o de Cima quanto o de Baixo, segue isolados após grande parte dos moradores do Bebedouro serem realocados devido o afundamento do solo causado pela mineração de sal-gema da Braskem que atingiu outros quatro bairros de Maceió.

Além de conviver com a ausência de serviços essenciais, transporte de qualidade, gora a insegurança toma conta cada vez mais da localidade. Os moradores seguem pedindo realocação e acusam a Braskem e a Prefeitura pelos os crimes aos quais tem que conviver.

Veja nos áudios da Galeria alguns relatos das vítimas enviados a reportagem.