Polícia

Delegacia dos Vulneráveis investiga casos de intolerância religiosa em Maceió

Dois casos de intolerância religiosa ocorridos em Maceió estão sendo apurados no momento

Por Ascom PC/AL 20/01/2023 16h43
Delegacia dos Vulneráveis investiga casos de intolerância religiosa em Maceió
Inauguração da delegacia - Foto: Ascom PC/AL

A Delegacia Especial dos Crimes contra Vulneráveis Yalorixá Tia Marcelina está investigando, atualmente, dois casos de intolerância religiosa ocorridos em Maceió.

A informação é da delegada Rebecca Cordeiro, destacando que qualquer pessoa que seja vítima deste tipo de crime deve procurar a delegacia, que funciona no Complexo de Delegacias Especializadas (Code), no bairro de Mangabeiras, para registrar Boletim de Ocorrência (BO).

A partir desse registro, segundo a delegada, a Polícia Civil adotará todas as medidas no sentido de esclarecer os fatos e enviar o inquérito para a Justiça a quem cabe punir o acusado.

A vítima deve levar provas à delegacia, a exemplo de áudios e vídeos, como também nomes de testemunhas, recomenda a delegada.

O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa será comemorado neste sábado (21), sendo a data escolhida em homenagem à Yalorixá Mãe Gilda, que foi vítima desse tipo de intolerância no final de 1999 e em referência ao Dia Mundial da Religião.

O objetivo da data é promover respeito, tolerância e diálogo entre as diversas religiões.

Já a Delegacia Especial dos Crimes contra Vulneráveis Yalorixá Tia Marcelina atende grupos de vulneráveis e vítimas de intolerância e preconceito, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Desde que foi inaugurada, em 24 de agosto do ano passado, a unidade policial registrou 156 casos de crimes contra idosos, deficientes e discriminações racial, sexual e de intolerância religiosa, de acordo com a delegada Rebecca Cordeiro.

Tia Marcelina

A Yalorixá Tia Marcelina foi a mãe de santo que foi espancada após ter seu terreiro invadido por um grupo miliciano, em fevereiro de 1912, no episódio conhecido como Quebra do Xangô.

O episódio de violência se deu quando Integrantes da Liga dos Republicanos Combatentes invadiram e destruíram os terreiros de Maceió. A data ficou conhecida como Quebra de Xangô por causa da frase dita por Tia Marcelina após ter seu terreiro destruído. “Quebra tudo, só não quebra o saber”.