Polícia

Durante audiência em Fórum de Maceió, homem que se passava por advogado é preso

De acordo com a OAB, o suspeito não possui registro na ordem e usava de outra pessoa

Por Tribuna Hoje com G1 Alagoas 04/10/2022 11h44
Durante audiência em Fórum de Maceió, homem que se passava por advogado é preso
Central de Flagrantes - Foto: PC/AL

Um homem que atuava como advogado, mas não tinha registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi preso na segunda-feira (03), durante uma audiência no Fórum da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), na parte alta de Maceió.

Segundo informações da OAB, o homem não possui registro na ordem e utilizava o registro de outra profissional da área para enganar as vítimas. A Polícia Civil investiga o caso.

A OAB em Alagoas disse que ele tem 31 anos de idade, um comparsa que se passava por juiz e simulavam audiências para extorquir as vítimas. O falso juiz não foi preso. E as identidades deles não foram divulgada.

"Ele já foi preso em Marechal Deodoro no ano passado pelo mesmo crime. O delegado consultou que não havia registro desse número na OAB. Infelizmente, por coincidência, uma colega deu entrada no seu registro e o número foi igual ao que ele criou e estava utilizando", disse o vice-presidente da Comissão de Fiscalização e Combate às Práticas Irregulares da Advocacia, Júlio Sampaio.

O falso advogado já responde pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, associação criminosa e exercício irregular da profissão quando foi preso em 2021, na cidade de Marechal Deodoro.

O suspeito foi levado para Central de flagrantes, no entanto foi liberado em seguida porque nenhuma vítima prestou queixa contra ele. Após ser solto, seis vítimas procuraram a Central de Flagrantes no mesmo dia para denunciar o caso.

O estelionatário afirma que apesar de não possuir registro, era estudante de direito, mas também não há nenhum registro como estagiário na OAB. A advogada que ele utilizava o registro também prestou queixa na Polícia Civil.

Um das vítimas disse à polícia que conhecia o ‘’advogado’’ há três anos e que tem um estabelecimento comercial e que notou que estariam ocorrendo pequenos furtos no local. E o falsário disse que a ela que registrou queixa contra três funcionários e que o processo corria em segredo de justiça. Ela conta ainda que ele disse para ela evitar um processo, e que todos teriam que fazer um pix de R$ 700 para ele, depois disso, o homem sumiu e a vítima não tinha BO aberto.

A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) disse que o estelionatário se aproveitava de vítimas com baixa escolaridade para enganá-las.