Polícia
Investigação de feminicídio de advogada deverá ser concluída sem a oitiva do acusado
O acusado está sob custódia da polícia no Hospital Geral do Estado
O acusado do feminicídio da advogada Maria Aparecida Bezerra da Silva, continua internado no Hospital Geral do Estado (HGE). A equipe da Polícia Civil esteve na unidade de saúde na manhã da terça-feira (26), onde tentou ouvir o acusado, mas não obteve êxito. De acordo com o delegado Rodrigo Sarmento, que investiga o caso, o acusado não apresenta condições de ser ouvido.
Alisson Bezerra da Silva, de 44 anos, é suspeito de assassinar a esposa, a advogada Maria Aparecida Bezerra, de 54 anos, dentro de casa após uma discussão na última quinta-feira (21), no bairro do Antares, em Maceió. O acusado golpeou a vítima com pelo menos 14 golpes de arma branca e depois tentou tirar a própria vida.
Segundo informações, o homem estaria em depressão profunda e sua esposa tentava arrumar um tratamento psicológico para o mesmo. Na segunda-feira (24), a Polícia ouviu uma testemunha, que relatou que o suspeito tentou suicídio medicamentoso uma semana antes da tragédia, e foi socorrido pela vítima.
“Em nome da união familiar, ela estava sempre tentando acolher ele, para que ficassem bem com os dois filhos, mas infelizmente aconteceu essa tragédia que acabou com uma família inteira.” explicou o delegado.
Após matar a esposa, Alisson ligou para uma tia, que chegando no local, testemunhou o acusado ao lado do corpo de Maria Aparecida. O homem tinha ferimentos no pescoço, após tentativa de cometer suicídio.
O delegado Rodrigo Sarmento, deveria ouvir o acusado na terça-feira (26), mas não pode concluir o interrogatório devido ao estado de saúde do acusado.
“Verifiquei que ele se encontrava aéreo, sem responder a nenhum estímulo, nenhuma provocação, e os outros pacientes da enfermaria relataram que ele está sem comer há alguns dias, sem falar com ninguém, passa os dias olhando para o teto. Verificando essa condição dele, não foi possível realizar o interrogatório para ele apresentar a defesa, a versão dos fatos dele, mas mesmo assim ele permanece indiciado, permanece a disposição da justiça” afirmou.
Enquanto está internado, o acusado está sob custódia da polícia no HGE e permanece à disposição da justiça. Depois que houver alta hospitalar, o paciente deve ser encaminhado ao sistema prisional, onde vai cumprir uma pena de 12 a 30 anos de reclusão pelo crime de feminicídio, pelo qual foi autuado em flagrante e está sendo indiciado.
O delegado confirmou que está prestes a concluir o inquérito do feminicídio para encaminhá-lo à Justiça.
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