Thamyres dos Santos Pereira, de 26 anos, foi encontrada na tarde dessa segunda-feira (21). Ela havia sido sequestrada durante a madrugada do mesmo dia, no bairro Pedra Velha, em Delmiro Gouveia, Sertão de Alagoas, quando voltava de uma festa na companhia de amigas.

Segundo informações da Polícia Civil, a vítima conseguiu fugir do cativeiro onde estava, no município de São José da Tapera e, por conta própria, retornou à cidade onde mora, após pedir socorro ao motorista de uma van de transporte alternativo. As informações são de que ela não estava machucada fisicamente, mas muito abalada emocionalmente.

De acordo com testemunhas, Thamyres, que foi candidata à vereadora no último pleito, foi surpreendida por suspeitos em um veículo branco com vidros escuros, por volta de 0h30, na Avenida Caxangá, quando o ex-companheira desceu do carro e com um revólver em punho, colocou a mulher dentro do carro à força, puxando-a pelos cabelos e falando palavras ofensivas.

A vítima confirmou a identidade do autor e que ele teria confirmado que sua intenção era matá-la.

Ela contou que, ainda no carro, ela tentou acalmar o sequestrador apelando para o lado sentimental e afirmando que gostaria de reatar o relacionamento dos dois. Na manhã de segunda, ela teria se aproveitado do momento em que ele estava comprando mantimentos para escapar.

Thamyres Mayara já havia obtido medida protetiva contra o ex-companheiro depois que foi agredida e precisou ser hospitalizada. O suspeito ainda é acusado de atear fogo na residência da vítima, no ano passado.

A polícia dá agora prosseguimento aos trâmites judiciais, de oitiva e assistência à vítima e continua a realizar buscas pelo suspeito e mais três comparsas.

Em entrevista, o secretário de Segurança Pública, Alfredo Gaspar de Mendonça, disse que a prioridade é manter a vítima segura e garantiu que a mulher está bem e sob proteção da polícia.

Ele ressaltou ainda a gravidade deste tipo de crime associado à violência contra a mulher, mas garantiu que o suspeito está identificado e que diligências estão sendo feitas.

“Precisamos da ação do Ministério Público e do Judiciário, pois nossa lei é muito benevolente com quem pratica estes tipos de crime. Ele já praticou violência doméstica, já ateou fogo à casa dela… Havia uma medida cautelar contra ele. A maior proteção para ela agora é ele ser preso e permanecer preso, sob pena da imprensa ter que noticiar mais um feminício muito em breve”, disse o secretário.