Polícia

PC indicia ex-professor por injúria racial, perseguição e ameaça

De acordo com a vítima, ele vinha sofrendo os ataques racistas há quatro meses

Por Ascom PC/AL 09/02/2022 13h51
PC indicia ex-professor por injúria racial, perseguição e ameaça
Reprodução - Foto: Assessoria
O delegado Robervaldo Davino, do 6º Distrito da Capital, concluiu e deve enviar ainda esta semana ao Ministério Público o inquérito policial que apurou discriminação racial contra o funcionário de  uma loja de esportes de um shopping, localizado no bairro de Cruz das Almas, Luís Felipe Ferreira Mesquita, de 27 anos, praticada por um ex-professor, de 68 anos de idade. O delegado informou que ouviu o acusado na manhã desta quarta-feira (09) e o indiciou pelos crimes de injúria racial, perseguição e ameaça. “Ele nega as acusações, mas temos indícios de que os crimes foram cometidos, inclusive por meio de depoimentos de testemunhas”, disse o delegado. As últimas ofensas se deram no dia 26 de novembro do ano passado, no interior do shopping, e foram denunciados na delegacia distrital pela vítima. De acordo com Luís Felipe, ele vinha sofrendo os ataques racistas há quatro meses. Em seu depoimento à polícia, disse que os ataques começaram em agosto de 2021, quando ele iniciou o trabalho na loja, acrescentando que as ofensas costumavam ser proferidas no momento em que se dirigia ao banheiro do shopping. Inicialmente, segundo narrou, notou a presença do ex-professor perto do banheiro, onde fazia gestos de tesoura, faca e imitava um macaco. Entretanto, num primeiro momento, ele afirma que não achava que os gestos estavam sendo direcionados a ele, por não conhecer o homem. Mas, depois confirmou que as ofensas eram contra ele. "A vítima se viu com medo de sair em seus momentos de intervalo ou necessidades de ir ao banheiro. Ao ponto de que pedia para uma amiga para verificar se o acusado estava lá ou não. Caso estivesse, a "vitima" não iria por medo de sofrer injúrias raciais e perseguição”, diz termo de declarações ao 6º Distrito Policial. O caso, agora, será analisado pelo Ministério Público a quem cabe o oferecimento de denúncia.

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