Polícia

Caso de racismo em escola particular de Maceió será investigado pela Polícia Civil

Proprietária da unidade de ensino disse que alunos comprassem "chicote do bom" para fazer a professora lembrar do tempo que ela tanto teme

Por Tribuna Hoje com Redação 06/02/2020 08h04
Caso de racismo em escola particular de Maceió será investigado pela Polícia Civil
Reprodução - Foto: Assessoria
O caso de racismo envolvendo a professora Taynara Silva, que ensina gramática, redação e interpretação de texto em uma escola particular de Maceió, está sendo investigado pela Polícia Civil de Alagoas. O inquérito foi aberto depois da denúncia de que a diretora e proprietária da unidade de ensino, identificada como Suely Oliveira, teria dito em sala de aula, na frente dos alunos, que quem viajasse a Ouro Branco, no Sertão do estado, trouxesse um “chicote do bom” para fazer a professora lembrar do tempo que ela tanto teme. A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB/AL) também vai acompanhar o caso. A entidade afirma que somente este ano já registrou três casos de racismo. O crime aconteceu na terça-feira (4) e repercutiu nas redes sociais. Na quarta-feira (5) alunos se mobilizaram na frente do colégio, que fica localizado no bairro do Trapiche em solidariedade à Taynara. A delegada Maria Tereza Ramos explicou que a professora será ouvida sobre o caso e testemunhas também serão chamadas para serem ouvidas. Em seguida a diretora deve ser indiciada pelo crime de racismo e o inquérito será encaminhado para a Justiça. Dados do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos aponta Alagoas como o 5º estado do Nordeste com o maior número de registros de ofensas racistas e  preconceituosas.