Polícia
Caso Danilo: polícia confirma que menino foi estuprado antes de ser morto
Ministério Público denuncia e pede prisão preventiva de padastro José Roberto de Morais
O delegado Fabio Costa, da Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic), confirmou na manhã desta terça-feira (28), que o menino Danilo Almeida, de 7 anos, foi estuprado antes de ser morto. O principal suspeito de cometer o crime é o padrasto da vítima, José Roberto de Morais. O Ministério Público denunciou e pediu a prisão preventiva dele.
Danilo foi encontrado em um beco próximo à casa onde vivia com sua família, no bairro do Clima Bom, na parte alta de Maceió, no dia 11 de outubro de 2019. Segundo a autoridade policial, durante as investigações, foi percebido que José Roberto, marido da mãe de Danilo, se contradizia com as versões que dava sobre o dia da morte do menino.
“Não resta mais nenhuma dúvida quanto a autoria desse crime bárbaro e que chocou a sociedade. Trata-se de homicídio qualificado, em concurso material estupro de vulnerável e ocultação de cadáver. Devemos ressaltar a frieza do criminoso que, apesar desse crime estarrecedor, o tempo todo se vitimizou. Mas, contra provas não há argumentos”, afirma o promotor Rodrigo Soares, que fez o pedido de prisão preventiva do denunciado por crime triplamente qualificado.
[caption id="attachment_352315" align="aligncenter" width="730"] Mãe e padastro de Danilo (Foto: Reprodução)[/caption]
Ainda de acordo com o delegado, o material genético colhido no corpo da criança será usado para comprovar os crimes. O padrasto já responde por estupro de uma enteada de 11 anos do primeiro casamento que teve na cidade de Arapiraca.
MP
O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), por meio da 9ª Promotoria de Justiça da Capital, denunciou, nesta segunda-feira (27), José Roberto de Morais, acusado de abuso sexual e assassinato do enteado Danilo de Almeida Campos. A condenação pode chegar a 66 anos de prisão.
Conforme relata o promotor, de acordo com os fatos apurados, José Roberto foi extremamente cruel, além de cometer o estupro de vulnerável matou a criança, friamente, iniciando a ação criminosa com esganadura e continuando a barbárie aplicando-lhe golpes na região da cabeça com instrumento corto-contundente, o que culminou em traumatismo cranioencefálico ou, mais especificamente, na causa da morte.
O acusado, ainda estendendo o seu plano, criou situação vexatória para comprometer os delegados que investigavam o caso e também foi enquadrado por denunciação caluniosa.
“Além do cometimento do homicídio, ele tentou se safar, envolveu a mãe da criança e sua companheira no processo, e tentou comover a sociedade, inclusive usando a mídia para dizer que foram torturados a fim de assumirem a culpa. O que deu causa à instauração de uma investigação administrativa contra os delegados do caso, sendo a mesma arquivada porque ficou provado que a alegação de tortura era infundada. O Ministério Público quer que vá a juri popular, pegue pena máxima e pague pelos seus crimes. É o mínimo diante de tamanha barbárie”, declara o promotor Rodrigo Soares.
A materialidade delitiva do abuso sexual praticado pelo padrasto de Danilo se acha provada através dos laudos periciais, do Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística.
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