Polícia

MP pede condenação de acusado de intermediar execução de vereador em Anadia

Adailton Ferreira é julgado nesta segunda-feira pela morte do vereador Luiz Ferreira, ocorrida em 2011

Por Ascom MP/AL 02/12/2019 16h32
MP pede condenação de acusado de intermediar execução de vereador em Anadia
Reprodução - Foto: Assessoria
Nesta segunda-feira (2), no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro, em Maceió, será julgado um dos envolvidos na trama que resultou na execução do vereador por Anadia, Luiz Ferreira de Souza. O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) é representado pela promotora de Justiça, Martha Bueno, que defenderá a condenação de Adailton Ferreira (o “Dal”) como partícipe direto negociando os interesses dos autores intelectuais. Desse caso, foram condenados o ex-companheiro da ex-prefeita Sânia Teresa e mais dois autores materiais. Por precaução, o júri foi desaforado para a capital. “Esse crime, como todos sabem, foi de mando com conotação política e, dos acusados, três estão mantidos no sistema prisional, que são o ex-marido da prefeita, acusada de ser a mandante, e os responsáveis pelos disparos. Hoje julgaremos o homem responsável pela contratação dos pistoleiros, o que intermediou valores e garantiu a consumação do assassinato com sua negociação. O Ministério Público vai mostrar que , como os demais, também é responsável e deve pagar pelo crime cometido”, afirma a promotora Martha Bueno. O vereador, que também era cirurgião e professor universitário foi emboscado no dia 3 de setembro de 2011 após deixar uma rádio comunitária, em Maribondo, cidade vizinha, Maribondo, pela qual levava serviços de prevenção à população. Interceptado na rodovia, a vítima foi atingida com mais de 12 tiros todos direcionados à cabeça. Durante as investigações a polícia chegou à conclusão de que a ex-prefeita Sânia Teresa e o ex-marido, Alessander Ferreira Leal, teriam sido os autores intelectuais. Julgados e condenados receberam as seguintes penas: Alessander Ferreira Leal a 32 anos e 7 meses. Tiago dos Santos Campos a 30 anos e 10 meses, e Everton Santos de Almeida a 32 anos e 3 meses de prisão. À época, Adailton Ferreira (julgado nesta segunda-feira) e Sânia Teresa recorreram e não foram julgados, enquanto Wallemberg Torres da Silva, outro acusado de efetuar os disparos, foragiu. Nove dias após a execução bárbara, a ex-prefeita, um primo e policial (que era seu segurança), identificado como Cláudio Magalhães da Silva, e o ex-marido foram presos. O processo contra Sâmia Teresa é mantido em recurso especial no Supremo Tribunal de Justiça.