Polícia

Mãe de menino que morreu asfixiado por gás em Maceió será indiciada

Mulher será indiciada por homicídio qualificado do próprio filho

Por Autor: Rívison Batista 28/09/2018 21h30
Mãe de menino que morreu asfixiado por gás em Maceió será indiciada
Reprodução - Foto: Assessoria
Nesta sexta-feira (28), a Polícia Civil de Alagoas anunciou que foi concluído o inquérito que investigava a morte do menino Luiz Gustavo da Silva Vilar, de seis anos de idade, morto pela própria mãe, Jandira da Silva, de 46 anos, dentro do apartamento 04, no térreo do Bloco 39 no Condomínio Parque Petrópolis 3, na parte alta da capital alagoana. Em depoimento à polícia, Jandira da Silva confessou que tentou explodir o apartamento e, para isso, colocou o celular para carregar em uma tomada ao lado do registro de gás da cozinha, que ela abriu de propósito, depois fechou portas e janelas e foi deitar com o filho pequeno. A polícia apurou com familiares e testemunhas para saber se havia mais alguém no apartamento no momento do crime. Após a oitiva, ficou claro que o crime foi cometido por Jandira e que ela estava sofrendo de problemas psiquiátricos. A mulher havia informado aos parentes que estava sofrendo perseguições e foi orientada a procurar ajuda, porém não procurou. Para a Polícia Civil, depois da investigação ficou evidente que Jandira da Silva cometeu o crime sozinha e que não havia uma terceira pessoa dentro do apartamento. A mulher foi indiciada por homicídio qualificado do próprio filho. Caso Uma criança de seis anos de idade foi encontrada sem vida em um apartamento do Conjunto Parque Petrópolis III, no bairro de Petrópolis, na parte alta de Maceió, na tarde do dia 20 de setembro. Moradores do residencial relataram à imprensa que sentiram um forte cheiro de gás que vinha de um dos apartamentos do conjunto. A mãe da criança foi encontrada com vida. A movimentação em frente ao apartamento da vítima foi intensa durante o dia do crime. Moradores do conjunto, agentes do 4º Batalhão da Polícia Militar (4º BPM) e do Instituto de Medicina Legal (IML) fizeram um trabalho em equipe com o objetivo de salvar as vítimas. Quando a porta do apartamento foi aberta com uma chave reserva conseguida pela administração do conjunto, os populares ficaram surpresos ao verem a mulher respirando, caída no chão da sala do apartamento. “A mulher está viva, poderiam ter arrombado essa porta antes. Ela está respirando”, comentou um agente do IML para um popular no local. “A criança está morta”, completou o agente. De acordo com moradores, a mulher  morava sozinha com a criança e era viúva. “Pelo que sei, ela recebia uma pensão”, afirmou um morador à reportagem da Tribuna. O morador também falou que as saídas de gás canalizado do apartamento das vítimas estavam todas abertas e, com o apartamento todo fechado, teria causado a asfixia de mãe e filho. “Isso poderia ter explodido o prédio”, disse o popular.