Polícia

Justiça nega liberdade a advogado acusado de homicídio de colega na Ponta Verde

Desembargador João Luiz Lessa frisou que liminar só pode ser concedida em casos de urgência e negou habeas corpus a Sinval José Alves

Por Tribuna Hoje com Dicom do TJ/AL 10/09/2018 16h06
Justiça nega liberdade a advogado acusado de homicídio de colega na Ponta Verde
Reprodução - Foto: Assessoria
O desembargador João Luiz Azevedo Lessa, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), negou o pedido de habeas corpus do advogado Sinval José Alves, acusado da morte do colega de profissão, José Fernando Cabral de Lima, em abril deste ano. A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico desta segunda-feira (10). Consta nos autos que a prisão temporária do advogado ocorreu no dia 12 de abril, tornando-se preventiva no dia 8 de junho. A defesa de Sinval Alves pede a substituição prisão por medidas alternativas, ou a substituição por prisão domiciliar com monitoramento eletrônico. Para o desembargador João Luiz, a liminar somente pode ser concedida nos casos de extrema urgência, o que não ocorre. “Diante do exposto, em cognição sumária, própria desta fase processual, indefiro a liminar requestada, por não identificar a presença dos requisitos necessários ao pedido de provimento emergencial postulado”, diz a decisão. O habeas corpus será julgado em definitivo pela Câmara Criminal do TJ/AL, em data a ser definida. O caso O crime contra o advogado José Fernando Cabral de Lima ocorreu em três de abril em uma casa de câmbio localizada no bairro da Ponta Verde. De acordo com o inquérito, que foi concluído, Sinval José Alves devia mais de R$ 600 mil a José Fernando, que era seu sócio. Ele teria pago entre R$ 15 mil e R$ 30 mil a Irlan Almeida de Jesus e Denisvaldo Bezerra da Silva Filho, que fingiram latrocínio para executar o advogado e fugiram em uma moto após o crime. A primeira etapa da investigação foi baseada em um bilhete assinado por “Carrasco Gesseiro”. Este homem, identificado posteriormente como Raimundo Pereira de Souza, enviou esse bilhete à vítima uma semana antes do crime, no dia 26 de março. A mensagem foi escrita no verso de uma parte arrancada de papel de um Boletim de Ocorrência que Raimundo teria registrado por ameaça sofrida em 2008. Sinval foi detido em 12 abril, uma quinta-feira, e ele negou participação no crime, à época, de acordo com depoimento logo após a morte de seu sócio. Irlan foi preso na sexta-feira, 27 de abril, no bairro Pernambués, em Salvador. Irlan também diz que o valor recebido pelo delito foi de R$ 15 mil. Raimundo também foi detido em 12 de abril. Denisvaldo foi preso no Trapiche da Barra, nega participação e não confirma recebimento de dinheiro. O valor de R$ 15 mil a R$ 30 mil cogitado pela polícia considera que Denisvaldo teria embolsado a mesma quantia que Irlan. Sinval foi indiciado por homicídio e ficou detido no presídio militar por ser advogado. https://tribunahoje.com/noticias/policia/2018/05/02/advogado-foi-morto-na-ponta-verde-porque-socio-devia-mais-de-r-600-mil/