Polícia

Cinco testemunhas da confusão entre PMs e funcionário da OAB foram ouvidas

Delegado do caso Robervaldo Davino descarta tentativa de homicídio

Por Tribuna Hoje 06/06/2018 16h00
Cinco testemunhas da confusão entre PMs e funcionário da OAB foram ouvidas
Reprodução - Foto: Assessoria
Foram ouvidos hoje cinco pessoas no inquérito policial que investiga a agressão ao funcionário da OAB/AL, José Geovânio da Graça, que envolveu guarnição do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), na última segunda-feira (4). De acordo com o delegado do caso, Robervaldo Davino, não dá para passar detalhes da investigação, mas ele adiantou que já é possível descartar indiciamento por tentativa de homicídio. "Por enquanto, a gente pode descartar a tentativa de homicídio. Isso porque o tiro na perna dificilmente levaria a vítima a morte. Ficou claro que não houve a intenção de matar. Os policiais estavam a dois metros de distância do rapaz. No máximo. Já ouvi pessoas que estavam no momento do fato, inclusive a advogada proprietária do veículo, mais dois advogados, a esposa da vitíma e a própria vitíma. O ferimento foi transfixante, e não atingiu nada que leve um problema mais grave", Explica o delegado. Já em relação a guarnição envolvida na confusão, Davino disse que vai solicitar os nomes de todos os PMs ao Comando Geral para que possa também ouvi-los. "Estou aguardando os nomes dos policiais. Assim que tiver eles em mãos, vou pedir a apresentação deles para que possam ser ouvidos. Além deles, terei que ouvir outras testemunhas também. Por isso, só irei me posicionar sobre o caso no final", disse o delegado. Além disso, o delegado Robervaldo Davino informou que está aguardando os exames e o laudo médico - que vai dizer sobre o ferimento provocado na vítima, e qual o tipo de lesão. Sobre a faca que um dos PMs informou em depoimento na Central de Flagrantes, que o funcionário da OAB portava, o delgado disse que a vtima nega. " Geovânio nega que portava a faca. Agora, vamos aguardar as investigações para sabermos o resultado. Saber porque o fato ocorreu e qual a intenção de ambas as partes. Por isso, todos os envolvidos terão que ser ouvidos", ressalta o Robervaldo. O Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg) e a Corregedoria da Polícia Militar estão investigando o caso. O CASO José Geovânio da Graça foi baleado após uma discussão na tarde da última segunda com policiais militares do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran). Segundo as informações, o soldado Cyro da Vera Cruz Neto teria atirado em Geovânio após ser agredido pela vítima com um soco no rosto e manobrista  também teria uma faca na cintura.