Polícia

Sete colombianos suspeitos de agiotagem são presos em apartamento na orla

Bando com ramificação em PE e PB movimentou cerca de R$ 5 milhões em Alagoas

Por Ana Paula Omena com Tribuna Hoje 13/03/2018 17h40
Sete colombianos suspeitos de agiotagem são presos em apartamento na orla
Reprodução - Foto: Assessoria
O chefe da quadrilha de agiotagem, a esposa dele, dois sobrinhos de ambos, e mais três pessoas oriundas de Cali, na Colômbia, foram presos pela Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), na operação denominada "U$ura", após dois meses de investigação que partiu de uma denúncia anônima de moradores, que estranhavam a grande movimentação de motos em um apartamento localizado no bairro da Ponta Verde, em Maceió. Segundo apuração policial, várias pessoas chegavam e saiam do imóvel com mochilas no mesmo dia e demoravam pouco no imóvel. “No decorrer da investigação foram feitas vigilâncias e acompanhamentos, ficando claro, que se tratava de um crime de agiotagem em grande escala onde foi descoberto que os colombianos agiam, sobretudo com um público alvo, isto é, pequenos empresários, vendedores ambulantes, taxistas, bares, oficinas mecânicas e lava jatos”, detalhou o chefe da Deic, delegado Mário Jorge. [caption id="attachment_70792" align="aligncenter" width="1029"] Na coletiva de imprensa, responsáveis pela investigação revelaram detalhes da agiotagem (Foto: Sandro Lima)[/caption] A autoridade policial enfatizou que os líderes traziam o dinheiro da Colômbia, e este montante era destinado para a agiotagem com empréstimos de juros que variavam até 50%. “Por exemplo, se um comerciante pegasse R$ 1 mil em 20 dias de juros a 50% pagaria R$ 25 por dia. Fizeram cerca de R$ 5 milhões em operações em Maceió e São Miguel dos Campos por mês”, revelou Mário Jorge. RAMIFICAÇÃO Investigações dão conta de que a organização criminosa tenha ramificações em outros estados do Nordeste, como Pernambuco e Paraíba. Conforme o delegado, todos os cobradores eram orientados a tentar emprestar outra vez todo o numerário em espécie e caso não conseguissem, teriam que fazer depósitos diários em instituições financeiras com movimentação em três contas bancárias em bancos diferentes. PRISÕES Foram presos o chefe da quadrilha identificado como José Leonidas Giraldo Osorio, a esposa Janeth Campo Rivera, Luiz Alberto Vasco Giraldo e Julian Andres Zambranco Campo, ambos sobrinhos do casal, Edwin Alfonso Medina Altamar, Sandra Del Pilar Dominguez Sanchez e Vladimir Hurtado Orejuela. Os sobrinhos e os três demais eram os responsáveis por recrutar clientes, emprestar o dinheiro e cobrar. O bando criminoso será enquadrado nos crimes de agiotagem e organização criminosa. Com eles a polícia encontrou seis planilhas de serviços, extratos bancários, seis motos, dois notebooks, três cadernetas com anotações diversas, cartões e R$ 2.561.