Polícia

Delegado impedido de entrar em avião com armas manda prender comissária

Por G1 24/12/2017 10h29
Delegado impedido de entrar em avião com armas manda prender comissária
Reprodução - Foto: Assessoria
O delegado Felipe Rocha, da Polícia Civil do Tocantins deu voz de prisão a supervisora de  voo da Gol na tarde desta sábado (23) no aeroporto  Brigadeiro Lysias Rodrigues, em Palmas, depois que foi impedido de embarcar em um avião com duas armas. A mulher foi levada para a Central de Flagrantes da região sul da capital, onde foi ouvida e liberada. A Gol foi questionada e disse que “visando a segurança dos seus clientes, informa que cumpre integralmente a legislação vigente da Anac.” O delegado Felipe Rocha contou que embarcou normalmente no aeroporto de Araguaína, norte do Tocantins, mas foi impedido de embarcar em outra aeronave durante escala em Palmas. “Fui embarcar portando duas armas curtas, de acordo com a normativa da Polícia Federal, mas a encarregada não me permitiu entrar na aeronave. Não se dispôs a entrar em contato com os superiores. Delegados da Polícia Federal entraram em contato com o aeroporto, mas ela não quis liberar. Dei voz de prisão e ela está sendo ouvida e vai ser autuada em flagrante por constrangimento ilegal”, contou. Após a mulher ser presa, o delegado conseguiu embarcar e seguiu para Brasília (DF). “A lei é para todos. Se a normativa da Polícia Federal diz isso, a companhia Gol não pode descumprir”, afirmou o delegado. O Sindicato Nacional dos Aeroviários explicou ao site  G1 que o manual geral de operações da empresa, baseado na legislação vigente, estabelece as pessoas que têm a possibilidade de embarcar em aeronaves com armas. Segundo o diretor Matheus Ghisleni, há uma limitação de uma arma por passageiro, com um carregador extra. “Independentemente de ser policial, se tiver o porte de arma e tentar embarcar com mais armas que o permitido, a empresa pode barrá-lo de entrar em um primeiro momento. Porque esse documento visa à segurança dos passageiros. Se há um conflito de leis, porque pode haver outra normativa que permita, isso deve ser debatido, mas a segurança coletiva deve prevalecer sobre o individual.”