Polícia

Polícia Federal deflagra operação e alvo seria condomínio fechado na parte alta

Ação estaria relacionada a operação nacional; assessoria não confirma

Por Tribuna Hoje com G1 15/09/2017 09h19
Polícia Federal deflagra operação e alvo seria condomínio fechado na parte alta
Reprodução - Foto: Assessoria

Vários mandados judiciais estão sendo cumpridos por agentes da Polícia Federal em Alagoas (PF) nesta sexta-feira (15), na parte alta de Maceió.  De acordo informações de agências, um dos alvos da operação seria um condomínio fechado.

A assessoria de comunicação da PF em Alagoas não confirmou se os trabalhos têm relação com a operação nacional que combate vários crimes na Caixa Econômica Federal (CEF), em cidades do Paraná, Santa Catarina e Paraíba.

Ainda de acordo com agências, a operação “Duas Caras” mira uma quadrilha que fraudava cartões e roubava dinheiro de contas poupança de clientes do banco. 

O esquema contava com a ajuda de um funcionário da Caixa. Ao todo, foram expedidos 56 mandados judiciais, sendo 23 de busca e apreensão, seis de prisão preventiva, sete de prisão temporária, seis de sequestro de bens e um mandado de suspensão do exercício da função pública por equiparação.

Entre os crimes, estão furto qualificado, estelionato qualificado, peculato, que é quando um funcionário público se apropria de valor ou bem público, uso de documento falso, falsificação de documento público e associação criminosa.

No Paraná, os mandados estão sendo cumpridos em Curitiba, Colombo, Fazenda Rio Grande, Almirante Tamandaré, São José dos Pinhais, Matinhos e Guaratuba; em Santa Catarina, em Palhoça; e na Paraíba, em João Pessoa.

Como funcionava o esquema

O funcionário que facilitava o esquema, de acordo com a PF, pesquisava e identificava contas poupança de clientes com grandes saldos e que não apresentava histórico de retiradas. Ele repassava os dados dos ao líder do grupo criminoso.

Por sua vez, o líder solicitava a emissão de documentos falsos e complementava os demais dados necessários com outros participantes do grupo, que geralmente possuíam acesso a banco de dados, em razão de suas profissões.

Na sequência, os investigados entravam em contato com a central de cartões da Caixa e, se passando pelos clientes, informavam a "falsa" perda do cartão para gerar outro.

Os cartões eram retirados nos centros de distribuição dos Correios também com o uso de documentos falsos. Depois, os criminosos faziam uma série de saques nos caixas eletrônicos, compras em débito automático e saques e transferências na boca do caixa até que o dinheiro nas contas se esgotasse.

O nome da ação é uma referência a atuação do funcionário da Caixa investigado, que "age de um jeito ou de outro dependendo com quem está", ainda conforme a PF.

Operação Marco Zero

A PF deflagrou, na manhã desta sexta, a Operação Marco Zero. A ação cumpre seis mandados de busca e apreensão contra fraudes na Caixa Econômica Federal. O grupo criminoso é formado por empregados públicos da Caixa Econômica Federal, empresários, contadores e pessoas físicas que figuram como sócios “laranjas” de empresas de fachadas criadas para obtenção de empréstimos fraudulentos ou destinatárias dos mesmos.

Funcionário da Caixa preso por facilitar outro esquema

Um funcionário da Caixa foi preso em flagrante na manhã desta terça-feira (12) no bairro Tatuquara, em Curitiba, suspeito de facilitar um assalto em uma agência bancária que fica no mesmo bairro, em maio do ano passado.

Segundo a PF, o homem avisava aos ladrões sobre as quantias de dinheiro armazenadas nos caixas e sobre o momento adequado para o roubo na agência, que era sempre após o expediente. Em um dos roubos, os ladrões levaram R$ 208 mil.