Surrada e esfaqueada após sair de um bar no bairro do Clima Bom, em Maceió, a travesti Carla não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã desta quarta-feira (28), no Hospital Geral do Estado (HGE), onde estava internada desde o último domingo (25), dia do crime.

Neste dia 28 é comemorado o Dia do Orgulho LGBT sigla que compreende as identidades individual, social e cultural de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros. A data é inspirada na reação, há 48 anos, de gays e lésbicas que eram perseguidos e violentados em um bar em Nova Iorque, nos Estados Unidos. De lá para cá, inúmeras políticas de defesa dos direitos LGBTs foram implantadas.

Apesar disso,  a intolerância segue fazendo vítimas em todo mundo. Em Alagoas, os números se repetem, tornando o estado campeão na violência contra homossexuais de uma maneira geral.

O Conselho Municipal dos Direitos De Cidadania LGBT registrou queixa pela morte da travesti, que nasceu José Carlos Viana, e sequer conseguiu legitimar seu nome social. O corpo da Carla será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e submetido à necropsia para posteriormente ser liberado para sepultamento.

Essa seria a 19ª morte LGBT apenas em 2017 segundo dados do Conselho.

O crime será investigado pela Delegacia de Homicídios.

Testemunhas teriam informado que quatro homens teriam surrado e esfaqueado Carla. A motivação ainda é desconhecida, mas a suspeita é que o crime tenha sido motivado por homofobia.