Polícia

Polícia afirma que está perto de concluir caso de morte de repórter no Benedito Bentes

No dia 19 de fevereiro, várias pessoas invadiram a casa de Paulinho munidas de pedaços de madeira e pedras e arrastaram o aposentado para um terreno baldio no Conjunto Carminha

09/03/2017 18h53
Polícia afirma que está perto de concluir caso de morte de repórter no Benedito Bentes
Reprodução - Foto: Assessoria

Uma coletiva de imprensa sobre a morte do repórter cinematográfico Antônio Paulo da Silva aconteceu na manhã desta quinta-feira (9) na Secretaria de Segurança Pública (SSP/AL), no Centro de Maceió. Representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas (Sindjornal) e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) se reuniram com o secretário de Segurança Pública, Lima Júnior, e delegados que estão investigando o caso. ‘Paulinho’, como era conhecido, foi espancado por várias pessoas no conjunto Carminha, situado no Benedito Bentes, no dia 19 de fevereiro deste ano.

O delegado Bruno Emílio é o responsável pela investigação do crime e afirmou à imprensa que os agentes da SSP trabalham com duas linhas de investigação que estão relacionadas à hipótese de roubo. Bruno Emílio também afirmou, sem muitos detalhes, que o inquérito policial pode ser concluído nos próximos dias.

O coordenador da Delegacia de Homicídios da capital, delegado Fábio Costa, também participou da audiência e afirmou que Paulinho foi vítima de um crime complexo e que, pelas pessoas terem medo de falar, por ser um lugar perigoso, as investigações são prejudicadas. Porém, o coordenador da Delegacia de Homicídios também salientou que ‘o caso será solucionado o mais rápido possível’.

O presidente do Sindjornal, Flávio Peixoto, participou da audiência na SSP. Amigo da vítima, Flávio afirma que Antônio Paulo já estava aposentado e, ultimamente, fazia freelancer. “Era uma pessoa muito querida. A nossa avaliação depois da reunião desta quinta-feira é que a polícia está avançando no caso. Em breve, eles devem apresentar um resultado concreto. O crime não foi no exercício da profissão, mas não é por isso que o Sindjornal e a Fenaj não vão cobrar justiça”, disse Flávio à reportagem do Tribuna Hoje.

O suplente da diretoria executiva do Sindjornal, Paulo Omena, também compareceu à audiência e afirmou que Paulinho era um ótimo profissional e uma ótima pessoa. “Ele ia muito ao sindicato. Era um homem decente e foi vítima de um crime bárbaro”, afirmou Paulo.

O caso

No dia 19 de fevereiro, um domingo, várias pessoas invadiram a casa de Paulinho munidas de pedaços de madeira e pedras e arrastaram o aposentado para um terreno baldio no Conjunto Carminha, onde ele foi espancado. Familiares o encontraram com vida e o levaram para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde ele não resistiu aos ferimentos e veio a falecer horas depois.

Os suspeitos do crime teriam arrastado o ex-repórter cinematográfico alegando que ele seria pedófilo, fato que já foi negado. Segundo familiares divulgaram em entrevistas a diversos meios de comunicação, o problema teria ocorrido por conta de um terreno de propriedade de Paulo e que o grupo estaria querendo invadir.

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