Polícia
SSP atribui aumento no índice de mortes violentas a guerra entre facções
Apesar do crescimento, maioria dos índices de violência diminuiu durante o Carnaval
Na tarde desta quinta-feira (2), a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas apresentou o balanço dos números relativos à pasta durante o Carnaval deste ano. O número de crimes violentos aumentou. Foram 44 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) neste ano durante o período. Um crescimento de 33 % com relação a 2016 quando ocorreram 33 mortes do tipo. O secretário, coronel Lima Júnior, afirmou que o aumento se deve à guerra entre organizações criminosas. Segundo os dados da SSP-AL, metade das vítimas deste tipo de crime em Maceió tinham ligação com o tráfico de drogas.
A secretaria também considerou positivo que de todos estes 44 crimes letais, apenas dois ocorreram durante algum tipo de festividade carnavalesca. E o fato foi no mesmo local, quando ocorreu um duplo homicídio na Chã da Jaqueira durante um bloco realizado sem a solicitação de segurança feita à Polícia Militar.
Os outros dados de ocorrências tiveram reduções em sua maioria, segundo a Polícia Civil. Acredita-se que o cenário de crise que levou a festas mais modestas no interior e na capital, com horário limitado, aliado ao policiamento fez os índices reduzirem em 2017.
Ocorrências
Dos 44 CVLIs, 38 foram homicídios dolosos, três foram casos de resistência com resultado em morte, um feminicídio, um latrocínio e uma lesão corporal seguida de morte. Foram 28 tentativas de homicídio.
Os homicídios foram distribuídos da seguinte forma pelos municípios do estado: 18 em Maceió; três em Delmiro Gouveia, Murici e Teotônio Vilela; dois em Arapiraca, Colônia Leopoldina e Porto Real do Colégio; além de um em Cajueiro, Canapi, Coruripe, Junqueiro, Lagoa da Canoa, Maragogi, Olho d’Água das Flores, Piranhas, Pão de Açúcar, São José da Tapera e União dos Palmares.
Os números da capital aumentaram bastante de 2016 para este ano. Foram cinco homicídios no passado e 18 em 2017, crescimento de 260%. Lima Júnior disse que Maceió é a grande “dor de cabeça para a Segurança Pública“ no momento. A metade das vítimas do CVLI em Maceió tinha envolvimento com o tráfico. Nos crimes dos outros municípios, esse dado cai para 20%.
Outros casos como o envolvimento com entorpecentes foram 10, oito por tráfico de drogas e dois por uso. A SSP ressaltou o grande número de armas apreendidas, 27. Para o coronel Lima Júnior, o policiamento ostensivo durante o Carnaval foi fundamental para o número ser tão alto, sem que qualquer operação específica para isso tivesse sido desencadeada. 92 denúncias foram feitas pelo 181.
Acidentes de trânsito foram oito enquanto outros tipos de acidente foram seis. A queda foi de 20% no comparativo, já que em 2016 foram 10 vítimas fatais no estado.
Polícia Civil
Os dados divulgados pela Polícia Civil mostraram queda em quase todos os índices. Apenas posse, porte ilegal de arma, munição que consta como apenas um item teve aumento de 72,7%. O outro aumento ocorreu com relação à direção perigosa, com crescimento de 100%.
As reduções: roubo (-9%), extravio (67,7%), furto (-41,2%), dano (-52%), Maria da Penha (-38,7%), lesão corporal (-59,2%), ameaça (-46,4%), dirigir embriagado (-12,5%), tráfico de drogas (-12,5%), tentativa de homicídio (-60%), uso de drogas (-66,7%) e outras ocorrências (-30,7%).
Corpo de Bombeiros
O Corpo de Bombeiros de Alagoas (CBMAL) apresentou os dados separando os números da atuação na região metropolitana e no interior. Na primeira, foram 18 combates a incêndio, sete buscas e salvamentos, 25 atendimentos pré-hospitalar, cinco afogamentos, 4608 ações preventivas e 12 casos de crianças perdidas. No interior, foram 16 combates a incêndio, duas buscas e salvamentos, 35 atendimentos pré-hospitalar, 13 afogamentos, 731 ações preventivas e 4 casos de crianças perdidas.
Quando comparados os dados de 2016 e 2017, mostram-se grandes variações em certos incidentes. Os combates a incêndio se intensificaram muito durante as festas de momo, eram cinco em 2016 e o número subiu para 34 este ano. Quanto aos afogamentos, houve diminuição, com 49 no ano passado e 18 em 2017. As ações preventivas aumentaram, 4807 para 5339. Os casos de crianças perdidas foram quase o dobro, sete para 16.
Os oito óbitos registrados pelo CBMAL foram uma criança vítima de afogamento em Maceió no sábado (25), um capotamento em Rio Largo na segunda-feira (27), a policial civil vítima de suposto afogamento em Pão de Açúcar também na segunda, um homem de 48 anos que caiu em um poço no dia 27, uma vítima de arma de fogo em Delmiro Gouveia, duas pessoas encontradas mortas em barragem em Teotônio Vilela e uma colisão entre dois carros com uma vítima fatal em Olho d’Água das Flores. Os últimos três casos ocorridos na terça-feira (28).
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