Polícia
Irmão de criança encontrada morta em Maceió é o principal suspeito do crime
Delegado informou que o Instituto de Criminalística encontrou evidências de que a pequena Thaís sofreu violência sexual
Uma criança de apenas 10 anos de idade foi encontrada morta dentro da própria residência, na tarde desta quinta-feira (2), no Conjunto Village Campestre II, no bairro da Cidade Universitária, em Maceió. De acordo com a Polícia Militar (PM), a menina, identificada apenas como Thaís, estava sem roupa e com lençóis em volta do pescoço. Depois de o corpo ter sido encontrado, o irmão da menor, identificado pelas iniciais A.S.S.J., de 14 anos de idade, foi apreendido sob a suspeita de ter abusado sexualmente e matado a própria irmã.
O delegado plantonista da Central de Flagrantes, Marcos Lins, informou à imprensa que o Instituto de Criminalística (IC) encontrou evidências de que a pequena Thaís sofreu violência sexual e o menor apreendido pode ter envolvimento no crime. Segundo o delegado, o menor A.S.S.J. nega que esteja envolvido na morte e no abuso sexual sofrido pela irmã, porém permanecerá apreendido. Marcos Lins informou que o adolescente foi encaminhado ao Centro de Ressocialização de Menores (CRM).
De acordo com o delegado, em depoimento na Central de Flagrantes I, no bairro do Farol, o menor apreendido afirmou que teria avistado outra pessoa dentro de casa. “Ele estava tranquilo durante o depoimento e pensou para responder tudo o que era perguntado”, disse o delegado à imprensa.
O delegado ainda afirmou que uma mancha de sangue foi encontrada em um colchão da residência, mas ele acredita que o crime tenha sido cometido no banheiro da casa. Marcos Lins confirmou também que a causa da morte da menina foi por asfixia.
Bastante abalada, a mãe da criança e do adolescente, identificada como Fernanda Umbelino, informou à imprensa que o menor de 14 anos sofre de problemas mentais, com mudanças frequentes de personalidade, porém, segundo a mulher, o pai do adolescente teria adotado uma postura descuidada sobre o caso e negou que o filho tivesse tratamento médico.
Imediatamente após o crime, o Conselho Tutelar da 8ª região foi acionado pela polícia e o conselheiro Jorge Verçosa relatou que a história contada pelo menor, único no local com a menina, apresentava inconsistências. Segundo o conselheiro, após a morte da criança, o irmão trancou a porta e saiu de casa para pedir ajuda, alegando que a residência estava sendo invadida por criminosos.
O Instituto de Criminalística e o Instituto de Medicina Legal foram acionados para perícia e recolhimento do corpo da criança. O crime deverá ser investigado pela Delegacia de Menores.
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