Polícia

Jovem que matou cabeleireiro por não receber R$ 200 após encontro é achado morto

Emerson Douglas Silva Gatto, de 18 anos, foi apreendido em setembro de 2016 pelo crime

Por Ascom / PC-AL 17/02/2017 16h14
Jovem que matou cabeleireiro por não receber R$ 200 após encontro é achado morto
Reprodução - Foto: Assessoria

Nesta sexta-feira (17), pescadores encontraram um corpo boiando nas águas da Lagoa Mundaú. A vítima foi identificada como Emerson Douglas Silva Gatto, de 18 anos. O jovem confessou em setembro do ano passado ter matado o cabeleireiro Cícero Alvandir de Moraes, de 53 anos. O crime foi registrado na casa do homem, localizada no bairro do Prado, e terai acontecido porque o jovem cobrou R$ 200 por encontro amoroso e Cícero não quis pagar.

A Polícia Militar foi acionada. Eles chamaram o Corpo de Bombeiros para realizar a retirada do jovem, que estaria desaparecido desde terça-feira (14).

O Instituto Médico Legal recolheu o corpo de Emerson. O jovem tinha perfurações na parte do rosto que podem ter sido feitas por instrumento perfuro-cortante ou tiros.

Relembre

O cabeleireiro foi encontrado em 20 de setembro de 2016 com marcas de violência e, segundo familiares, ele estava desaparecido desde o dia 17. Pelo mau cheiro que exalava na residência, a Polícia Militar foi acionada e arrombou a porta do imóvel, encontrando o corpo do homem.

Na casa de também funcionava como o salão de beleza da vítima. No salão, os policiais encontraram o corpo de Cícero coberto, já em estado de decomposição, e a sala destruída e ensanguentada. Segundo informações do 1º Batalhão da Polícia Militar (1º BPM), o local estava totalmente revirado e havia marcas de sangue no chão e nas paredes. Não houve objetos roubados de dentro da residência e que nenhum vizinho ouviu grito de socorro.

No dia 26 de setembro, a Secretaria de Segurança Pública apresentou o resultado da investigação do caso. Emerson Douglas, na época com 17 anos, foi apreendido pelo crime e relatou que cometeu o delito, pois um valor acordado de R$ 200 para passar a noite com o cabeleireiro não foi pago.

Ele foi apreendido no dia 23 na praça Guedes de Miranda, no bairro da Ponta Grossa, em flagrante delito análogo a homicídio. O juiz John Silas determinou a ida do jovem a uma unidade de internação da capital, onde ele cumpriu pena e foi liberado depois de menos de dois meses.

O menor não demonstrou nenhum arrependimento do crime. Ao chegar à casa do avô do adolescente, os policiais encontraram uma camisa e uma faca ensanguentada, além dos pais do adolescente embriagados.

O delegado Fábio Costa informou que um amigo íntimo que conhecia a vítima há mais de 20 anos relatou que o cabeleireiro contou que ia ficar com o menor. O jovem de 17 anos já havia tido um relacionamento com outro amigo de Cícero.

Esse amigo deixou de se relacionar com o jovem, pois percebeu que o menor estava envolvido em crimes. Emerson, inclusive, começou a furtar objetos da casa deste amigo do cabeleireiro. A polícia apurou no ano passado que mesmo sem passagem pela polícia, o currículo de Emerson era conhecido na região principalmente por roubo de telefones celulares.

Mesmo com todos os indicativos, Cícero marcou o encontro com o menor e combinou o valor de R$ 200, valor este que não foi pago. Os dois tomavam vinho entre a noite do dia 17 e a madrugada do dia 18 quando o adolescente pegou uma faca que estava em cima da mesa da sala e esfaqueou o cabeleireiro no pescoço. O jovem permaneceu no local das 21h até às duas horas da manhã.

Cícero ainda reagiu pegando um objeto cortante e ferindo um dos braços do menor. Um dos indicativos da culpabilidade do jovem foi exatamente o braço cortado. Ele afirmou que não pretendia roubar, mas após o assassinato levou um tablet, um celular e um notebook. Todos esses itens foram trocados por uma cinquentinha, na qual Emerson estava quando foi apreendido.

Emerson era frequentador do salão e costumava cortar o cabelo no local. A polícia acredita que a noite em que o fato aconteceu teria sido o primeiro encontro amoroso dos dois.