Uma análise estatística promovida pela PRF apontou que grande parte dos acidentes acontecem em retas e com tempo bom. Essas e outras circunstâncias podem normalmente levar o condutor a achar que está livre dos riscos.

No ano de 2015, nas rodovias federais que cortam o Brasil, ocorreram 108.027 acidentes em boas condições de tempo (sol ou céu claro) e 26.970 durante chuva. Em 2016, esses números são de 89.141 e 21.075 respectivamente.

Sob o mesmo enfoque de análise, no ano passado 128.605 acidentes ocorreram em pista reta, enquanto 35.052 se deram em curvas. No ano de 2016 os números chegam a 103.448 e 29.554 respectivamente.

Como se vê, os dados expostos confirmam a informação apresentada no início. Ou seja, ao contrário do que as pessoas costumam pensar, a maioria dos acidentes ocorrem em boas condições de tempo e via, como sol, céu claro e pista reta.

Nesse contexto, um fator importante na prevenção de acidentes diz respeito à atenção do indivíduo na condução de veículo automotor.

O artigo 28 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB determina que o condutor deve, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito. O artigo 169 também do CTB define a conduta de “dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança” como infração leve, com penalidade de multa de R$ 88,38 e acréscimo de 3 pontos na Carteira Nacional de Habilitação. Em 2015 a falta de atenção foi a causa de 36.281 (39,53% do total) acidentes e em 2016 esse número é de 25.281 (36,92%).

Alagoas

No ano passado em Alagoas foram registrados 707 acidentes com céu claro e sol contra 144 enquanto chovia. Em 2016 os números são de 568 contra 132 respectivamente.

Quanto a traçado da pista, em 2015 foram registrados 705 acidentes em retas contra 391 em curvas. Este ano foram 621 em retas contra 316 em curvas.

É preciso estar atento sempre. Em situações aparentemente normais os motoristas costumam ficar mais confiantes e acabam cometendo abusos, como ultrapassagens perigosas e excesso de velocidade. Por isso é imprescindível que cada um faça sua parte e aplique a máxima da direção defensiva, ou seja, dirigir por si e pelos outros. Assim, com uma nova consciência coletiva, estaremos caminhando para um trânsito cada vez mais seguro.