A ex-estudante do curso de direito Vagna Ferreira de Carvalho, vulgo ‘Galega’, de 28 anos de idade, foi presa mais uma vez sob a suspeita de tráfico de drogas. Vagna foi presa em julho de 2015, quando fazia a guarda de 56 quilos de maconha. A mulher foi presa na sua própria residência, na Vila ABC, no bairro de Fernão Velho, em Maceió, com 12 quilos de maconha na segunda-feira (19) e apresentada nesta quarta-feira (21) na sede da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL). Junto com Vagna, outros dois homens também foram presos na operação policial.

De acordo com o secretário de Segurança Pública, Lima Júnior, Vagna faz parte de uma organização criminosa e há um ano foi presa, inclusive, com vários documentos da organização. Lima Júnior não explicitou qual seria a organização, porém o delegado Gustavo Henrique, do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (DRN), afirmou que o companheiro de Vagna, identificado como Valdemir Caetano dos Santos, vulgo ‘Mimi’, é apontado como um dos principais líderes do PCC em Alagoas. ‘Mimi’ está detido no Presídio do Agreste e, segundo o delegado, há suspeitas de que ele seja o dono dos 12 quilos de maconha que foram apreendidos, já que, em julho de 2015, as investigações comprovaram que os 56 quilos de droga apreendidos pertenciam ao detento.

“Há aproximadamente 1 ano e 4 meses prendemos essa mesma jovem e, infelizmente, com pouco menos de 1 ano, ela já estava fora do sistema prisional”, afirmou Gustavo Henrique. Vagna foi solta através de um alvará de soltura expedido pela Justiça. O delegado também afirmou que, no momento da abordagem na casa da suspeita, um cartão de visitas do Presídio do Agreste com o nome de Valdemir Caetano foi apreendido. “O que demonstra que o vínculo entre os dois permanece. Vagna fazia o trabalho de gerenciar o entorpecente apreendido nas duas vezes que foi detida”, afirmou o delegado.

No momento da abordagem policial, Paulo Silas Pereira de Melo, de 33 anos, e Wadson dos Santos Ferreira, de 23, também foram detidos. Paulo Silas dirigia uma Kombi e Wadson conduzia uma motocicleta quando chegaram à casa de Vagna para comprar drogas. “Foi comprovado que eles iriam comprar a droga por meio de informações nos celulares deles que foram apreendidos e também pelo fato de os dois suspeitos estarem com muito dinheiro ao chegarem à casa da mulher”, afirmou Gustavo Henrique. Paulo tinha a quantia de R$ 2.341 e Wadson possuía R$ 3.210.

Além da droga, dos veículos e do dinheiro apreendidos, também foi apreendida pelos policiais uma pistola de calibre 380, com dois carregadores e nove munições, que estava sob posse de Vagna Ferreira. Os agentes da Segurança Pública contam ainda que Vagna tentou subornar os policiais no momento da abordagem, oferecendo a quantia de R$ 20.000, um terreno em Arapiraca e a pistola apreendida.

Vagna foi autuada por tráfico de drogas, associação ao tráfico, porte ilegal de arma de fogo e corrupção ativa. Paulo e Wadson foram autuados por tráfico de drogas e associação ao tráfico. À imprensa, Vagna negou todas as acusações e disse desconhecer de quem é a droga apreendida. “Não é nem minha nem de Valdemir”, afirmou.