Polícia
Policiais civis de Alagoas aprovam duas paralisações de 24 horas
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Josimar Melo, disse que o governo do Estado não apresentou nenhuma nova proposta
Atualizada às 13h06 de 15/12
Os policiais civis decidiram deflagrar duas paralisações de 24 horas. A deliberação ocorreu na assembleia geral da categoria, ocorrida na tarde desta terça-feira (13), no auditório do Sindicato dos Urbanitários.
A primeira paralisação ocorrerá nesta quinta-feira (15) com realização de ato público em frente à Central de Flagrantes a partir das 8 horas. A segunda paralisação será na próxima terça-feira (20) com realização de ato público em frente à Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit). Os policiais civis também decidiram acompanhar a agenda do governador Renan Filho para cobrar o atendimento às pautas de reivindicações.O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Josimar Melo, disse que o governo do Estado não apresentou nenhuma nova proposta. A última proposta do governo foi de piso salarial de R$ 3.700,00 parcelado até 2018, ou seja reajuste de R$ 600,00 parcelado, já incluso o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2017. A proposta também não contempla a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios que atenda todos os aposentados e a isonomia dos policiais civis do último concurso.Josimar Melo informou que a Cobrapol e as entidades sindicais dos policiais civis se reuniram em Brasília para definir os encaminhamentos contra a reforma da Previdência (PEC 287/2016) que retira a aposentadoria especial dos policiais civis, aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 para 25 anos, altera as regras de pensão por morte, aumenta a idade de contribuição previdenciária das mulheres de 60 para 65 anos e equipara o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) com o Regime Geral da Previdência Social (RGPS), exigindo 49 anos de contribuição para o servidor receber o teto do INSS.CalendárioQuinta-feira (15) Paralisação de 24h com concentração na Central de Flagrantes às 8 horas.Terça-feira (20) Paralisação de 24h com ato público na Oplit às 16 horas.
Secretário de Planejamento emite posicionamento
"Em que pese a crise que aflige o País, Alagoas continua sendo um dos poucos estados a continuar pagando seus servidores públicos em dia, além de ser o único Estado da Federação a antecipar o 13º salário em uma única parcela, realidade pouco vivida no Brasil.
Por meio da Mesa de Negociação Permanente do Governo, foram realizadas sucessivas reuniões para o encontro de soluções junto ao Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol) e o Governo de Alagoas tem demonstrado boa vontade em oferecer propostas efetivas e realizáveis.
Estamos procurando fazer uma gestão responsável, no sentido de preservar os salários em dia, oferecendo aos servidores aquilo que o Estado pode cumprir. Por isso, é importante ressaltar que, ainda que o cenário financeiro não seja favorável, foram apresentadas à categoria 3 propostas que, infelizmente, foram rejeitadas.
O Governo de Alagoas tem tido uma relação próxima com o Sindpol, bem como com outras categorias. É nossa função, entretanto, acolher a todas as categorias profissionais dos servidores públicos do Poder Executivo, o que inviabiliza o atendimento exclusivo aos pleitos do Sindpol, que não tem se flexibilizado nas negociações.
Ao pleitear um piso inicial de R$ 3.062,00 para R$ 5.500,00, o que significaria um reajuste de 79,59%, o Sindpol não considera o atual momento de crise financeira em todo o País. Inclusive, durante o exercício de 2016, algumas classes da categoria chegaram a ter um incremento salarial de até 51% na folha de pagamento.
Em boa parte do País, servidores públicos de modo geral, até mesmo da Polícia Civil, têm feito paralisações para receber salários atrasados. Em Alagoas, o movimento é inverso, ao ponto de ser um Estado citado, a nível nacional, de forma positiva. Isso tem sido resultado do esforço de uma gestão comprometida com o planejamento e a responsabilidade, seguindo os pilares de ética, proximidade e transparência do Governo Renan Filho".
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