Polícia

Grupo especializado em roubar e revender iPhones em Maceió é detido em operação

Suspeitos se passavam por assistência da Apple para conseguir senha dos aparelhos

16/11/2016 13h47
Grupo especializado em roubar e revender iPhones em Maceió é detido em operação
Reprodução - Foto: Assessoria

No início da tarde desta quarta-feira (16), a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP-AL) apresentou em entrevista coletiva realizada em sua sede no Centro de Maceió os resultados de uma operação desencadeada desde as primeiras horas do dia. As forças policiais cumpriram 10 mandados de busca e apreensão, além de seis de prisão expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. O foco principal foi coibir o número de assaltos a aparelhos celulares que tem crescido muito na capital. O grupo detido é suspeito de roubo a iPhones em sua maioria. Dois irmãos envolvidos trabalham em uma assistência no bairro da Mangabeiras e chegavam a entrar em contato com as vítimas se passando pela assistência da Apple. Eles pediam a senha para conseguir o desbloqueio e assim revender o smartphone sem problemas.

Foram detidos Júlio Cesar Almeida Melo, de 23 anos; Kynn Maia de Souza, de 24 anos; Tamires Maria da Silva, de 20 anos; Diego Marques de Omena, de 21 anos; Bruno Batista de Lima, de 28 anos; e Everton Batista de Lima, de 29 anos. Os mandados foram cumpridos em bairros como a Ponta Grossa e a Santa Amélia.

(Foto: Sandro Lima)

Detidos na operação desta quarta-feira

A operação foi comandada pela Delegacia de Roubos da Capital (DERC), através do delegado Thiago Prado, e é foco da SSP realizar até o final do ano várias ocorrências como a desta quarta para tentar diminuir o número de assaltos a estabelecimentos comerciais, residências e transeuntes. Este tipo de crime tende a apresentar números maiores do que outras épocas do ano, motivado pela proximidade do Natal e do Ano Novo quando mais dinheiro costuma circular nas ruas. A investigação dura três meses e não é considerada concluída, já que mais pessoas podem ser detidas.

Os suspeitos utilizam sempre arma de fogo para os assaltos. Bruno e Everton trabalham na assistência que fica localizada em frente a um shopping da capital e faziam a receptação. Outra coisa que o grupo fazia é o desmonte dos smartphones para utilizar as peças em manutenção. Júlio César, Kynn, Tamires e Diego realizavam os assaltos. Júlio César e Kynn foram os mais reconhecidos por vítimas dos crimes. O primeiro tem lista de passagem na polícia bastante extensa.

O delegado Thiago Prado revelou que dois deles foram identificados por vítimas de um assalto ocorrido em julho em um salão de beleza na Ponta da Terra. “Através desses dois, chegamos a uma verdadeira rede de elementos praticando esses crimes em conjunto”, afirmou.

Outras vítimas também identificaram os suspeitos de envolvimento em assaltos a residências e a transeuntes. O grupo assaltava principalmente na parte baixa, porém um caso foi registrado na parte alta.

Na residência de Bruno, foram encontrados 15 iPhones. Ainda está sendo checado se foram roubados dois notebooks apreendidos na operação. A polícia diz que não tem como precisar quantos aparelhos teriam sido roubados, porque vários já foram comercializados.

Os suspeitos, acompanhados de advogados, não quiseram se pronunciar em depoimento e por nenhum receptador dos aparelhos ter sido detido, ainda não se sabe por qual valor esses celulares eram revendidos. Todos os smartphones aparentavam ser novos, em bom estado de conservação.

O delegado também ressaltou que usuários de celular tenham sempre anotado o número do IMEI para utilização em casos de assaltos. Para devolver o aparelho para o dono, é importante que a vítima de assalto faça o Boletim de Ocorrência informando o número do IMEI para que a polícia realize a identificação e, num caso de apreensão como a operação desta quarta, o smartphone seja devolvido ao respectivo dono. “É imprescindível”, ressaltou Thiago Prado.

Participaram também os policiais civis da Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico), Oplit (Operação Policial Litorânea Integrada), Tigre (Tático Integrado do Grupo de Resgates Especiais) e DH (Delegacia de Homicídios).