Uma coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (10), na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP/AL), no Centro de Maceió, apresentou quatro suspeitos de assaltos a bancos no interior de Alagoas. Um dos suspeitos, segundo o delegado da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), Vinícius Ferrari, também tem ligação com grupos de extermínio. Também estava presente na coletiva a delegada Luci Mônica.

Augusto da Silva Gomes, de 37 anos, conhecido como Augusto ‘Cabeça’, foi detido nesta quinta na cidade de água Branca; Claudemir de Jesus, de 33 anos de idade, foi detido na quinta-feira (3) na cidade de São José da Tapera; Luiz Ricardo Ramos Lima, de 20 anos, conhecido como ‘Luigi’, e João Paulo Moreira, de 22 anos, foram detidos em Senador Rui Palmeira. Segundo o delegado Vinícius Ferrari, trata-se de duas duplas: Claudemir cometia crimes com Augusto e Luigi era parceiro de crime de João Paulo. O delegado afirmou que a investigação sobre os quatro criminosos vem desde o final do ano de 2015.

Claudemir de Jesus, conhecido como ‘Nego’, é suspeito de integrar grupos de extermínios em Alagoas e, de acordo com o delegado, é envolvido com alguns homicídios. A polícia acredita que Claudemir agia em parceria com Augusto da Silva. Segundo Vinícius Ferrari, os dois são suspeitos de explodir caixas eletrônicos de agências bancárias nos municípios de São José da Tapera e Pão de Açúcar. O delegado disse que as imagens das explosões aos terminais eletrônicos em Pão de Açúcar foram fundamentais para a polícia chegar a Claudemir de Jesus, pois o carro do suspeito, um Astra de cor prata e de placa MUN-2068, foi flagrado pelas câmaras de segurança do local. No carro de Claudemir, foi encontrado um rotativo da Polícia Militar, que foi apreendido.

Augusto da Silva Gomes, o Augusto ‘Cabeça’, é apontado como o comparsa de Claudemir e, segundo o delegado, as investigações tiveram início após a denúncia de que Augusto ostentava muito dinheiro em Água Branca. Além disso, sempre que havia uma explosão em agências bancárias, ele estava viajando e, quando voltava, a movimentação era grande em sua residência. Augusto disse à polícia que tinha quatro casas, veículos caros, porém não possui renda fixa. Durante a prisão, que ocorreu na residência dele, foi apreendido um revólver calibre 38, cartões de crédito com senhas e promissórias. 

Vinícius Ferrari disse na coletiva que Luiz e Paulo eram funcionários de um posto de combustíveis do município de Senador Rui Palmeira e estavam cometendo crimes utilizando armas que pertenciam ao dono do posto. Eles são suspeitos de cometer um assalto a banco na cidade de Cacimbinhas, no Agreste alagoano, no início deste ano. Segundo o delegado, o armamento que foi usado nos crimes é devidamente registrado.  “Depois de cometer os crimes, a dupla voltava ao local e guardava as armas no posto. Os dois foram demitidos e, depois, as armas foram roubadas. É muita coincidência”, afirmou o delegado.

Na residência de João Paulo Moreira, a polícia apreendeu a quantia de R$ 8 mil. Ainda nas residências de João Paulo e Luigi, foram apreendidos coletes, dois facões, capas de coletes, celulares, um chapéu militar, coldre e armas de fogo.

À imprensa, João Paulo disse que trabalhava como bombeiro civil na cidade de Senador Rui Palmeira e que era inocente. Já Claudemir afirmou que é pai de cinco filhos. "Quero ver provar que sou culpado de alguma coisa", disse o suspeito. Luiz Ricardo, o Luigi, também alegou inocência afirmando que as acusações contra ele eram mentirosas.