Mundo

Morre atriz Claudia Cardinale, musa do cinema, aos 87 anos

Atriz estrelou grandes clássicos, entre eles 8½, clássico de Federico Felini de, e O Leopardo, do diretor Luchino Visconti, ambos lançados em 1963

Por Letícia Corrêa com DOL/Veja 24/09/2025 14h28 - Atualizado em 24/09/2025 17h36
Morre atriz Claudia Cardinale, musa do cinema, aos 87 anos
Morre a atriz Claudia Cardinale, musa do cinema italiano, aos 87 anos - Foto: Divulgação

Nesta terça-feira (23), a estrela de grandes filmes europeus, Claudia Cardinale morreu aos 87 anos de idade. A causa da morte não foi divulgada. De carisma único, a atriz estrelou grandes clássicos, entre eles 8½, clássico de Federico Felini de, e O Leopardo, do diretor Luchino Visconti, ambos lançados em 1963.

Nascida na Tunísia, de família siciliana e mãe francesa, Claudia ingressou no cinema quase por acaso. Ainda jovem, venceu concursos de beleza que a levaram à Itália, onde rapidamente se envolveu com o universo cinematográfico. Ao longo da carreira, participou de mais de 150 filmes entre a Europa e Hollywood, colaborando com grandes mestres do cinema — além de Visconti e Fellini, trabalhou com Sergio Leone, Werner Herzog, Blake Edwards, Manoel de Oliveira, entre outros.

Carreira


A artista iniciou sua carreira no final dos anos 1950 e logo se tornou uma das atrizes mais disputadas no meio, o que resultou em sua ampla filmografia. Os papéis de maior relevância vieram em 1960, com O Belo Antônio, no qual fez par romântico com Marcello Mastroianni, e Rocco e Seus Irmãos (1960), de Luchino Visconti. Em 1963, um ano marcante de conquistas, ela estrelou não apenas 8½ e O Leopardo, mas também a comédia hollywoodiana A Pantera Cor-de-Rosa. Sua incursão mais emblemática no cinema norte-americano viria em 1968, com o western spaghetti Era uma Vez no Oeste, dirigido por Sergio Leone e estrelado por Henry Fonda.

Sem intenção de se fixar nos Estados Unidos, seguiu apostando no cinema europeu. Além das produções italianas, atuou em diversos filmes franceses, idioma que dominava desde a infância — também falava árabe, inglês e espanhol. Em 1971, protagonizou As Petroleiras, faroeste francês de viés feminista dirigido por Christian-Jacque e Guy Casaril, ao lado de Brigitte Bardot, com quem cultivou uma forte amizade.

Entre 1966 e 1975, Claudia foi casada com o produtor e cineasta italiano Franco Cristaldi. Mais tarde, iniciou uma longa relação com o diretor Pasquale Squitieri, que durou até a morte dele, em 2017. Ao longo da vida, teve dois filhos.