Mundo
Ataque de Israel a hospital em Gaza mata cinco jornalistas

Ataques de Israel contra um hospital no sul da Faixa de Gaza deixou pelo menos 20 palestinos mortos nesta segunda-feira (25), informou o Complexo Médico Nasser, incluindo jornalistas de diversos veículos de comunicação.
Autoridades de saúde informaram que Israel disparou dois ataques contra o local, entre as vítimas estão pelo menos cinco jornalistas, afirmando também que muitas pessoas ficaram feridas.
Os jornalistas mortos foram Mohammad Salama, cinegrafista da Al Jazeera, Hussam Al-Masri, que era contratado da Reuters, e Mariam Abu Dagga, que trabalhou para a Associated Press e outros veículos de comunicação durante a guerra.
Moath Abu Taha, jornalista freelancer, também foi morto no ataque, acrescentou o hospital.

A Defesa Civil de Gaza informou que um de seus tripulantes também morreu no ataque.
O primeiro ataque ao hospital atingiu o quarto andar do Complexo Médico Nasser na manhã desta segunda-feira, informou o Ministério da Saúde palestino, seguido por um segundo pouco tempo depois, que atingiu equipes de ambulância e socorristas.
O exército israelense informou que investiga o caso e afirmou lamentar qualquer dano causado a civis, acrescentando que não tem jornalistas como alvo.
Um vídeo do local mostra o dr. Mohammad Saqer, porta-voz do hospital e chefe de enfermagem, segurando um pano encharcado de sangue após o primeiro ataque, quando outra explosão sacode o prédio, enchendo o ar de fumaça e fazendo as pessoas correrem para se proteger.
Uma câmera ao vivo da Al Ghad TV mostra socorristas em uma escada danificada do hospital quando o segundo ataque atinge o prédio.
Entenda a guerra na Faixa de Gaza
A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 outubro de 2023, depois que o Hamas lançou um ataque terrorista contra Israel.
Combatentes do grupo radical palestino mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251 reféns naquele dia.
Então, tropas israelenses deram início a uma grande ofensiva com bombardeios e por terra para tentar recuperar os reféns e acabar com o comando do Hamas.
Os combates resultaram na devastação do território palestino e no deslocamento de cerca de 1,9 milhão de pessoas, o equivalente a mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, segundo a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos).
Desde o início da guerra, pelo menos 61 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
O ministério, controlado pelo Hamas, não distingue entre civis e combatentes do grupo na contagem, mas afirma que mais da metade dos mortos são mulheres e crianças. Israel afirma que pelo menos 20 mil são combatentes do grupo radical.
Parte dos reféns foi recuperada por meio de dois acordos de cessar-fogo, enquanto uma minoria foi recuperada por meio das ações militares.
Autoridades acreditam que cerca de 50 reféns ainda estejam em Gaza, sendo que cerca de 20 deles estariam vivos.
Enquanto a guerra avança, a situação humanitária se agrava a cada dia no território palestino.
Segundo a ONU, passa de mil o número de pessoas que foram mortas tentando conseguir alimentos, desde o mês de maio, quando Israel mudou o sistema de distribuição de suprimentos na Faixa de Gaza.
Com a fome generalizada pela falta da entrada de assistência na Faixa de Gaza, os relatos de pessoas morrendo por inanição são diários.
Israel afirma que a guerra pode parar assim que o Hamas se render, e o grupo radical demanda melhora na situação em Gaza para que o diálogo seja retomado.
Mais lidas
-
1Por 30 minutos
Gêmeos de 1 ano se afogam na Barra de São Miguel
-
2Centro comercial
Buarque de Macedo, coração de Maceió: do apogeu à decadência
-
3Sucesso da Netflix
Amizade e ganância! Quem é o vilão em Jovens Milionários?
-
4Homicídio
Homem é executado a tiros dentro de caminhonete na Serraria
-
5Poder, traição e vingança
Pecados Inconfessáveis final explicado: quem matou Claudio e por que o desfecho muda tudo