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Trump se reúne com presidente sírio, que era buscado pelos EUA até ano passado

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu nesta quarta-feira (14) com o presidente da Síria, Ahmed al-Sharaa, líder islâmico que, até seis meses atrás, era buscado pelo serviço secreto norte-americano.
Foi a primeira vez em décadas que os líderes dos dois países, rivais, se encontraram.
O encontro ocorreu em Riade, na Arábia Saudita, a primeira parada da visita que Trump faz ao Oriente Médio nesta semana. Na terça-feira (13), o presidente norte-americano já havia anunciado o fim de sançoes à Síria, em uma sinalização de aproximação com o novo presidente sírio.
Al-Sharaa assumiu o governo sírio inteirinamente após a queda em dezembro do ano passado do ditador Bashar Al-Assad, que comandou a Síria por 24 anos.
Na reunião, Trump pediu ao novo líder sírio a normalização dos laços com Israel, aliado dos EUA no Oriente Médio. Também participou do encontro entre EUA e Síria o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, de quem Trump também vem mostrando aproximação, e o presidente turco, Recep Tayipp Erdogan, por videoconferência.
Trump incentivou Sharaa a se juntar aos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos, que normalizaram as relações com Israel sob os Acordos de Abraham, mediados pelos EUA, em 2020, segundo o secretário de imprensa da Casa Branca.
Os Estados Unidos também esperam que a Arábia Saudita se junte aos Acordos de Abraham — Riade ensaiava aproximção com Israel quando a guerra na Faixa de Gaza eclodiu. Trump afirmou na terça-feira que a Arábia Saudita se juntaria aos acordos em seu devido tempo.
Suspensão de sanções à Síria
Na terça-feira, em uma decisão que surpreendeu até mesmo seus aliados, Trump anunciou o fim de sanções aplicadas pelos Estados Unidos à Síria, sinalizando uma mudança história nas relações entre os dois países.
O anúncio gerou preocupações até dentro do próprio governo Trump por conta de antigos laços que os atuais líderes sírios mantinham com a organização terrorista a Al-Qaeda. Ahmed al-Sharaa. Al-Sharaa faz parte do HTS, grupo que fazia parte da Al-Qaeda mas que rompeu com a organização em 2016.
O governo israelense, que protestou contra a retirada das sanções dos EUA à Síria, também disse ter "desconfiança" com o novo governo do HTS, que Israel ainda classifica como grupo jihadista.
Também na terça, Trump afirmou ainda que Washington "está explorando a normalização das relações com o governo sírio", começando com seu encontro com Sharaa.
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