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ONU aprova resolução que prevê pausa humanitária e proteção de crianças em Gaza
A resolução proposta por Malta ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) com relação à guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas foi aprovada nesta quarta-feira (15).
Segundo o jornal israelense "Haaretz", o país rejeitou a proposta até que sejam libertados os reféns feitos pelo Hamas no ataque que deu início ao conflito, em 7 de outubro.
O projeto aprovado nesta não condena Israel nem chama de "atos terroristas" ações do Hamas no mês passado. Entre outros pontos, o texto prevê:
▶️ Proteção de crianças na Faixa de Gaza.
▶️ Uma pausa nos ataques, que deverá permanecer em vigor por tempo suficiente para que a ajuda humanitária chegue à população civil de Gaza. O objetivo é "facilitar o fornecimento contínuo, suficiente e sem entraves de bens e serviços essenciais — incluindo água, eletricidade, combustível, alimentos e suprimentos médicos".
▶️ Todas as partes envolvidas na guerra devem evitar privar a população do território palestino de serviços básicos e da "assistência humanitária indispensáveis à sua sobrevivência".
▶️ Liberação dos reféns israelenses tomados pelo Hamas.
▶️ Reparações de emergência em infraestruturas essenciais em Gaza; evacuação de crianças doentes ou feridas e de seus cuidadores; e esforço nas ações de resgate de pessoas que desapareceram o edifícios danificados e destruídos.
▶️ Permitir o acesso completo das agências da ONU e de seus parceiros — como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e outras organizações humanitárias imparciais.
A resolução também reafirma que "todas as partes do conflito devem cumprir com suas obrigações" perante as leis internacionais, reiterando que essas regras garantem a proteção total a crianças.
Como foi a votação
Antes do início da votação, Vanessa Frazier, representante permanente de Malta junto da ONU, afirmou: “Inúmeros civis estão agora sofrendo as consequências devastadoras que o conflito armado traz consigo”.
Veja como se distribuíram os votos nesta quarta:
A favor - 12 votos
Contra - 0 voto
Abstenções - 3 (Estados Unidos, Reino Unido e Rússia)
"[Esta resolução] salvará vidas. Precisamos de um esforço coletivo para conseguir ajuda o mais rápido possível através de tantas rotas quanto possível", disse Barbara Woodward, representante permanente do Reino Unido na ONU, após a votação.
A Rússia foi o único país do Conselho que chegou a se pronunciar sobre a resolução, chamando o texto de “desequilibrado” (leia mais abaixo).
A votação foi marcada no mesmo dia em que forças israelenses fizeram uma operação militar no maior hospital de Gaza, com a justificativa de que membros do grupo terrorista Hamas estavam no local.
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