Mundo
Temperatura mundial deve aumentar até 2,6°C, diz relatório da ONU
Painel que acompanha ações contra mudanças climáticas diz que, apesar do Acordo de Paris, em 2015, ainda é necessário "muito mais" para limitar aumento de 1,5°C a no máximo 2,0°C

A temperatura da Terra pode aumentar em 2,6ºC até o ano de 2100. A elevação catastrófica foi alertada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCC), nesta sexta-feira (8), que divulgou o primeiro relatório do painel de cientistas que acompanha os efeitos de ações globais para conter o colapso climático do planeta.
Embora existam progressos na implementação de compromissos para melhorias para limitar o aquecimento, a comunidade global ainda não está no caminho certo para cumprir os objetivos de longo prazo do Acordo de Paris.
O documento, publicado pouco antes da reunião das 20 principais economias do mundo (G20), que acontece neste sábado (9), na Índia, traz as principais descobertas do painel:
o grupo considera que o Acordo de Paris, assinado em 2015, trouxe avanços relevantes, mas que a "comunidade global ainda não está no caminho certo para cumprir os objetivos de longo prazo do acordo";
as ações ainda não são suficientes para manter os níveis de temperatura abaixo do aumento de 1,5°C a 2,0°C, patamar mínimo para evitar que o novo clima cause graves impactos ambientais e sociais;
no entanto, o painel relata avanços significativos na redução da expectativa de aumento ao longo das três décadas da colaboração mundial para minimizar as mudanças climáticas;
em 2010, época dos Acordos de Cancún, a projeção era de aumento de até 4,8°C. Em 2015, com a adoção do Acordo de Paris e dos compromissos assumidos pelos países, o aumento esperado reduziu para 3,2°C;
Neste sentido, o painel aponta que o aumento esperado de temperatura pode baixar para 2,1°C, no máximo, caso sejam totalmente implementados os compromissos assumidos na COP27, conferência da ONU no ano passado, no Egito.
Próximo país a presidir o G20, grupo das 20 maiores economias do mundo, o Brasil é representado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que começa sua participação na organização multilateral a partir deste sábado (9).
Ao final do encontro o Brasil receberá de forma simbólica o comando rotativo do bloco de nações que representam cerca de 80% da economia global. O país presidirá o G20 até novembro de 2024, quando realizará no Rio de Janeiro a cúpula de chefes de Estado e de governo dos países que foram o bloco.
O governo informou que Lula deverá abordar na cúpula na Índia os temas que pretende discutir quando o Brasil comandar o organismo. Os temas são:
inclusão social com combate à fome e à desigualdade;
desenvolvimento sustentável;
reforma das instituições de governança global.
Sobre este último ponto, Lula tem defendido, por exemplo, que a União Africana passe a integrar o G20. Há expectativa de aprovação nesta edição da cúpula do G20 da adesão da União Africana, bloco que reúne países da África.
Além disso, o presidente tem defendido nos fóruns internacionais que o conselho de segurança da ONU também seja reformado, agregando mais países para os chamados assentos permanentes.
Atualmente, somente cinco países têm direito a esses assentos, como Estados Unidos e Rússia, e Lula tem defendido que países como Brasil, Japão, Alemanha, Índia e África do Sul também passem a ter.
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