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Chefe da diplomacia da União Europeia: se a Rússia usar arma nuclear, exército russo será aniquilado

'Vladimir Putin está dizendo que não está blefando. Os Estados Unidos e a Otan também não estão blefando', afirmou Josep Borrell

Por g1 13/10/2022 16h50
Chefe da diplomacia da União Europeia: se a Rússia usar arma nuclear, exército russo será aniquilado
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, em Bruxelas, na Bélgica - Foto: Yves Herman / Reuters

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, afirmou nesta quinta-feira (13) que as tropas russas serão aniquiladas se o presidente Vladimir Putin usar armas nucleares na Ucrânia.

A frase de Borrell foi a seguinte: "Vladimir Putin está dizendo que não está blefando. Os Estados Unidos e a Otan também não estão blefando, e qualquer ataque nuclear contra a Ucrânia vai criar uma reposta, não uma resposta nuclear, mas uma resposta militar tão poderosa que o exército russo vai ser aniquilado".

O que Putin já tinha dito

Depois que o governo russo decidiu anexar quatro territórios da Ucrânia, Putin alertou que a Rússia terá o direito de usar todos os recursos à sua disposição para se defender, em uma clara referência às armas atômicas.

Nesta quinta-feira, o secretário-geral da Otan, Jens Soltenberg, alertou que tal cenário, mesmo que com o uso de armas atômicas pequenas, teria "graves consequências".

"A Rússia sabe disso. Não vou entrar em detalhes sobre a nossa resposta agora, mas claramente isso mudaria de maneira fundamental a natureza do conflito", disse Stoltenberg na sede da Otan.

A aliança militar, disse o líder norueguês, "não faz parte do conflito" embora apoie a Ucrânia.

Stoltenberg reiterou que a Otan não percebeu nenhum "sinal de que a Rússia mudou sua postura nuclear, mas a vigiamos 24 horas por dia, sete dias por semana".

O chefe da Otan acrescentou que "temos informações muito boas da inteligência" e acrescentou que "vigiamos as instalações nucleares da Rússia durante décadas".

Formalmente, a Otan ainda não ameaçou usar seu arsenal nuclear para responder à Rússia, já que a Ucrânia não é membro da aliança militar e, portanto, não está coberta por sua cláusula de autodefesa.