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Rainha Elizabeth 2ª nomeia Liz Truss como primeira-ministra do Reino Unido
Na manhã desta terça-feira (6), a rainha Elizabeth 2ª nomeou oficialmente Liz Truss como a nova primeira-ministra do Reino Unido em uma cerimônia na residência da monarca em Balmoral, na Escócia.
A então ministra das Relações Exteriores confirmou seu favoritismo ao ganhar a eleição interna do Partido Conservador, na segunda-feira (5). Ela conseguiu 57% dos votos e derrotou o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak.
Truss foi a Balmoral acompanhada por seu marido, Hugh O’Leary. Um pouco antes de sua chegada, o ex-primeiro-ministro Boris Johnson também foi recebido no local e apresentou oficialmente sua renúncia à monarca.
A transferência de poder geralmente acontece no Palácio de Buckingham, em Londres, a menos de dez minutos de carro de Downing Street. Neste ano, entretanto, devido aos problemas de mobilidade da rainha Elizabeth 2ª, de 96 anos, a cerimônia ocorreu em Balmoral. Johnson e Truss precisaram viajar mais de 800 quilômetros ao norte.
Após o encontro com a rainha, Truss retorna a Londres para fazer seu primeiro discurso. Eleita em uma votação com a participação de apenas 82% dos 172 mil membros do Partido Conservador, em um país de 67 milhões de habitantes, diversas pesquisas mostraram que grande parte dos britânicos não confia em sua capacidade para enfrentar a crise.
Truss se tornou a terceira mulher a comandar o governo britânico, depois de Margaret Thatcher (1979-1990) e Theresa May (2016-2019). Ela representa a ala mais à direita do partido e prometeu reduzir os impostos para estimular a economia à beira da recessão.Na próxima quarta-feira (7), a nova chefe de governo presidirá o primeiro conselho de ministros e confrontará na Câmara dos Comuns o líder da oposição, Keir Starmer, que na segunda-feira a acusou de "não estar ao lado dos trabalhadores", pressionados por uma inflação de mais de 10%.
A partir de outubro, as famílias britânicas enfrentarão um aumento de 80% nas contas de gás e energia elétrica. Muitas empresas e instituições, incluindo hospitais e escolas, alertaram que terão que fazer cortes ou até fechar devido à impossibilidade de pagar o novo valor.
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