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Elizabeth Warren desiste de concorrer à presidência dos EUA

Pré-candidata ocupava o terceiro lugar nas pesquisas de intenção de votos para o Partido Democrata e deixa a corrida um dia após a saída de Michael Bloomberg.

Por G1 05/03/2020 18h27
Elizabeth Warren desiste de concorrer à presidência dos EUA
Reprodução - Foto: Assessoria

A senadora norte-americana Elizabeth Warren desistiu, nesta quinta-feira (5), de concorrer à presidência dos EUA. A pré-candidata ocupava o terceiro lugar nas pesquisas de intenção de votos pela nomeação para o Partido Democrata e deixa a corrida um dia após a saída de Michael Bloomberg.

Em entrevista coletiva, a senadora disse que ainda não vai anunciar quem irá apoiar na campanha pela indicação do Partido Democrata.

Segundo a agência Reuters, Warren se reuniu com membros de campanha na quarta-feira (4) para a definição dos próximos passos e ainda não se pronunciou sobre apoiar algum outro candidato do partido.

Warren era uma professora de direito especializada em falência. Ela tinha a reputação de alguém que tinha o setor financeiro como alvo, mesmo antes de entrar na política.

Ela esperava ir bem na Superterça, depois de ter um desempenho fraco nas primeiras rodadas de prévias estaduais. Não foi o caso: ela ficou longe dos dois primeiros colocados, Joe Biden e Bernie Sanders. Até mesmo no seu estado, Massachusetts, ela terminou em terceiro.

Ela era a última mulher no primeiro pelotão de candidatos à nomeação do Partido Democrata. Há cerca de seis meses, ela estava em um momento de ascensão e chegou a liderar algumas pesquisas.

Sua campanha foi centrada na ideia de combater a influência de dinheiro na política. Ela argumentou que em todos os temas importantes, como mudança climática, assistência de saúde, controle de armas, os lobistas conseguiram ter algum tipo de ingerência.

Na quarta (4), o bilionário Michael Bloomberg desistiu de concorrer pela nomeação da candidatura presidencial do Partido Democrata. Ele gastou US$ 500 milhões na sua campanha. Bloomberg anunciou apoio a Joe Biden, ex-vice-presidente do país, contra o senador Bernie Sanders.

Após Warren comunicar sua desistência, Biden tuitou elogios à senadora. "Senadora @EWarren é a mais feroz das lutadoras pelas famílias de classe média. Seu trabalho em Washington, Massachusetts, e na campanha fez uma diferença real na vida das pessoas. Precisávamos da voz dela nesta corrida e do trabalho contínuo dela no Senado", escreveu.

O ex-vice-presidente ainda fez uma menção ao cachorro de Warren, o golden retriever Bailey, que a acompanhou em alguns compromissos de campanha e atraiu atenção por sua simpatia na interação com eleitores: "E a Bailey: Champ e Major adorariam receber você a qualquer hora", escreveu, mencionando seus próprios cães.

Elizabeth Warren e seu marido, Bruce, acenam para eleitores durante evento de campanha em Cedars Rapid, Iowa, acompanhados por seu cão, Bailey, em 1º de fevereiro — Foto: Reuters/Brian Snyder

Trump comenta a desistência

O presidente Donald Trump, do Partido Republicano, vai enfrentar, no dia 3 de novembro, o vencedor das prévias do Partido Democrata.

Ele tem feito comentários sobre a corrida dos adversários. Depois da desistência de Warren, ele fez uma piada em uma rede social.

Trump se refere à senadora como "Pocahontas". A ex-pré-candidata tinha afirmado que é descendente de nativo-americanos. O presidente dos EUA, então, passou a chamá-la de Pocahontas, uma mulher do fim do século XVI, filha de um chefe indígena, que se apaixonou por um colono inglês, John Smith.

Warren então mostrou um teste de DNA que prova a ascendência de nativo-americanos.