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Estados Unidos impõem sanções a russos que tentaram interferir nas eleições

Empresa russa criou perfis falsos em redes sociais para disseminar histórias para prejudicar candidatos a eleições parlamentares dos EUA

Por AP e G1 30/09/2019 15h51
Estados Unidos impõem sanções a russos que tentaram interferir nas eleições
Reprodução - Foto: Assessoria
Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (30) que impuseram sanções contra empresas da Rússia por tentar interferir com as eleições legislativas de novembro de 2018. Os americanos colocaram um iate e aviões do investidor russo Yevgeniy Prigozhin em uma lista internacional de sanções, assim como os nomes de empregados de uma empresa dele, a Internet Research Agency, que existia para difundir histórias falsas em redes sociais. O próprio Prigozhin já estava na lista de sancionados por seu envolvimento com as eleições de 2016. Para conseguir usar seus iates e aviões com sua família, ele havia criado empresas laranja, de acordo com a Secretaria do Tesouro dos EUA. Subversão do processo democrático Os americanos acusam o investidor de tentar subverter o processo democrático, ainda que não haja evidência de que os esforços da Internet Research Agency ou outros estrangeiros tenham de fato sido efetivos ao fazer com que eleitores tenham deixado de ir às urnas ou mudado seus votos ou mesmo atrapalhado a apuração, disse Steven Mnuchin, o secretário do Tesouro. “Que isso sirva como um aviso: qualquer um que mantiver relação com esses indivíduos, empresas, avião ou embarcações também vai sofrer sanções no futuro”, disse o secretário de Estado, Mike Pompeo, em um comunicado. “Todos fomos claros: não vamos tolerar interferência estrangeira em nossas eleições”, afirmou. Próximas eleições A Secretaria do Tesouro informou que vai tomar medidas para evitar que haja problemas nas eleições de 2020 –não está claro quais elas seriam. Durante as eleições legislativas de 2018, a Internet Recent Agency, com sede em São Petesburgo, usou contas falsas em redes sociais para difundir informações falsas e desacreditar candidatos que pareciam ser hostis à Rússia. Em 2016, a mesma organização tentou ajudar Donald Trump com ataques à Hillary Clinton, de acordo com o relatório do procurador especial Robert Mueller, que investigou a interferência russa durante as eleições.