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Península se prepara para passagem do furacão Lorena no México

Com ventos de 120 km/h, a tempestade deve passar sobre ou próxima à ponta sul da península da Baja Califórnia nesta sexta (20), com ventos e chuvas fortes

Por AP e G1 20/09/2019 16h30
Península se prepara para passagem do furacão Lorena no México
Reprodução - Foto: Assessoria
A península mexicana de Baja Califórnia se prepara, nesta sexta (20), para a passagem do furacão Lorena, que deve trazer ventos e chuvas fortes ao lugar, além de inundações. Com ventos de 120 km/h, a tormenta, que foi classificada como um furacão de categoria 1, deve passar sobre ou próxima à ponta sul da península. Na manhã desta sexta (20), o Lorena ainda estava a cerca de 160 km de Cabo San Lucas e seguindo em direção à cidade com uma velocidade de 15 km/h. Meteorologistas preveem entre 7 e 15 cm de chuva e ondas potencialmente fatais ao longo da península, e também ativaram avisos e monitoramentos de furacão e tempestade tropical em várias partes da região. Moradores e turistas se preparam para a chegada do furacão na região. As aulas desta sexta (20) foram suspensas e as escolas poderão ser usadas como abrigos se for preciso. O porto de Cabo San Lucas também foi fechado. "Estamos tomando medidas preventivas", disse o secretário-geral do governo estadual de Baja California Sur, Álvaro de la Peña. "Provisões, gasolina, todos os suprimentos estão garantidos. Não há necessidade de sair comprando em pânico." Ao todo, 177 propriedades estão livres para servirem de abrigo no estado. Chegada Lorena tocou o solo na quinta-feira (19), então como uma tempestade tropical, no estado mexicano de Colima, sacudindo palmeiras e trazendo muita chuva. Inundou ruas, lavou estradas e causou pequenos deslizamentos em 10 municípios. Dezenas de árvores foram derrubadas e a energia caiu em algumas áreas. O governador do estado de Colima, José Ignacio Peralta, disse que quase 2 centímetros de chuva caíram em pouco menos de 24 horas, e mais de 3 mil hectares de plantações como bananas e mamões foram danificados em todo o estado. Ninguém morreu e não houve danos significativos à infraestrutura, segundo ele. "Não há perdas de vidas humanas para lamentar", disse Peralta. Chegar à terra fez com que o Lorena perdesse força e se tornasse uma tempestade tropical, mas a previsão já era de que ele recuperasse força enquanto seguia para Los Cabos. Humberto e Imelda Nos estados americanos do Texas e da Louisiana, a depressão tropical Imelda inundou várias regiões e deixou pelo menos 2 mortos. Estimativas do Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos apontam que o condado de Jefferson, no Texas, tenha recebido mais de 1 metro de chuva em um período de apenas 72 horas - o que torna a Imelda o sétimo o sétimo ciclone tropical mais úmido da história dos EUA. Também no Atlântico, o furacão Humberto se tornou um ciclone pós-tropical depois de arrancar telhados, derrubar árvores e causar cortes de energia em Bermuda, enquanto passava pelo território britânico na noite de quarta (18). Autoridades disseram que a tempestade não causou mortes. "Conseguimos passar por ela e todos estão seguros", disse o premiê David Burt. "Isso é o que é mais importante." Autoridades disseram que a energia já havia sido restaurada para a maioria da população até o meio-dia da quinta (19). Escritórios do governo devem reabrir na sexta (20), mas as escolas devem permanecer fechadas. Entenda as categorias dos furacões Meteorologistas usam uma escala para determinar a intensidade dos ventos de furacões (escala de Saffir-Simpson), levando em conta também o dano material estimado. Veja abaixo: Categoria 1: ventos de velocidade entre 119 e 153 km/h; Categoria 2: ventos de velocidade entre 154 e 177 km/h; Categoria 3: ventos de velocidade entre 178 e 208 km/h (a partir daqui, já é classificado como furacão "poderoso"); Categoria 4: ventos de velocidade entre 209 e 251 km/h (categoria do furacão Maria, que atingiu Porto Rico em 2017 e deixou mais de 4,6 mil mortos). Categoria 5: ventos de velocidade a partir de 252 km/h (categoria do furacão Dorian, que atingiu as Bahamas no começo deste mês e deixou 50 mortos).