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Noruega diz que houve duas explosões na Rússia no começo do mês

No começo de agosto, um acidente fez o nível de radiação em uma parte do norte da Rússia subir

Por Reuters e G1 23/08/2019 17h23
Noruega diz que houve duas explosões na Rússia no começo do mês
Reprodução - Foto: Assessoria
Uma explosão que matou cinco cientistas da Rússia durante um teste de propulsor de foguete foi sucedida por um segundo estouro, duas horas mais tarde, que é a provável fonte da alta de radiação, de acordo com uma nota desta sexta-feira (23) do serviço da Noruega de monitoramento para reforçar o banimento aos testes nucleares. A segunda explosão foi provavelmente de um foguete que estava no ar e era impulsionado por combustível nuclear, segundo a agência Norsar –o governador da região da Rússia de Arkhangelsk, onde houve o incidente, descartou o relatório que descreve dois acidentes. “O saldo do incidente não tem nenhuma ameaça, e todo o resto é outra rodada de desinformação”, disse Igor Orlov, o governador, à agência Interfax. O ministro de Defesa da Rússia não respondeu aos pedidos por comentários da Reuters. Russos apresentam dados contraditórios Há uma informação contraditória sobre o acidente e as consequências dele, que aconteceram no dia 8 de agosto perto do Mar Branco no canto mais ao norte da Rússia. O Ministério da Defesa da Rússia, inicialmente, disse que a radiação permaneceu normal, mas a agência climática do país apontou um aumento dos níveis. A agência nuclear russa, Rosatom, disse no dia 10 de agosto que o acidente envolveu “fontes de energia isotópicas”, mas não deu detalhes. A Rosaton reconhece que cinco de seus trabalhadores morreram. Também há relato da morte de dois militares. Noruega diz que foram duas explosões A autoridade de segurança nuclear da Noruega, DSA, disse no dia 15 de agosto que encontrou pequenas quantidades de iodo radioativo perto da fronteira ártica entre a Noruega e a Rússia, apesar de não dizer se isso está ligado ao acidente na Rússia. A detecção, por parte da Norsar, de uma segunda explosão foi revelada inicialmente pelo jornal norueguês “Aftenposten”. “Nós registramos duas explosões, e a última coincide com o momento em que houve alta da radiação”, de acordo com a chefe-executiva da Norsar, Anne Stroemmen Lycke. Ela disse que é provável que a origem seja o combustível do foguete. A segunda explosão só foi detectada por sensores de pressão infrasônica e não pelos monitores sísmicos que capturam movimentos no solo, segundo Lycke.