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Flórida aguarda o “extremamente perigoso” furacão Michael

O impacto do “gigantesco” furacão Michael pode provocar uma “devastação total” na região noroeste do estado americano

Por Isto É 10/10/2018 11h37
Flórida aguarda o “extremamente perigoso” furacão Michael
Reprodução - Foto: Assessoria
A Flórida, em estado de emergência declarado pelo presidente Donald Trump, se prepara nesta quarta-feira (10) para o impacto do furacão Michael, que atingiu a categoria 4 e se tornou um fenômeno “extremamente perigoso” para a população. O impacto do “gigantesco” furacão Michael pode provocar uma “devastação total” na região noroeste do estado americano. O fenômeno deve tocar a terra nas próximas horas em uma área próxima da divisa com Alabama, antes de seguir a trajetória para o Atlântico. O Centro Nacional de Furacões (NHC) afirmou que o furacão de categoria 4 – na escala que vai até 5 – está acompanhado por ventos de até 210 km/h. Os meteorologistas esperam uma maré de até 4 metros em algumas áreas. O Serviço Meteorológico Nacional na capital do estado, Tallahassee, divulgou um apelo para que as pessoas obedeçam as ordens de evacuação. “O furacão Michael é um fenômeno sem precedentes e não pode ser comparado com nenhum dos anteriores. Não arrisque sua vida, saia AGORA se você recebeu a ordem para fazer isto”, afirma o comunicado. O governador Rick Scott pediu durante a madrugada que a população obedeça as ordens de saída. “As decisões que você e sua família tomarão nas próximas horas podem fazer a diferença entre a vida e a morte”, escreveu no Twitter. Algumas horas antes, o governador advertiu que Michael poderá ser “a tormenta mais devastadora a atingir a Flórida em décadas”. Será a tempestade mais potente em mais de 100 anos em algumas regiões, alertou o serviço de emergências do estado. “É sua última oportunidade de preparação para esta tempestade monstruosa e mortal”, afirmou Scott na terça-feira. Às 06H00 GMT (3H00), o furacão Michael estava a 290 km ao sul de Panama City, com um deslocamento para o norte e velocidade de 19 km/h. Na terça-feira, o presidente Donald Trump emitiu uma declaração de estado de emergência para a Flórida, o que permite liberar material e recursos federais. Depois da Flórida, Michael pode afetar “partes da Geórgia e, lamentavelmente, outra vez a Carolina do Norte e do Sul”, já atingidas pelo furacão Florence no mês passado, disse o presidente. Florence deixou 40 mortos e provocou danos avaliados em bilhões de dólares. A governadora do estado vizinho do Alabama, Kay Ivey, decretou estado de emergência na segunda-feira. As áreas costeiras estão sob ordens de evacuação obrigatória. No condado de Bay em particular, onde fica Panama City e se espera o impacto direto do furacão, 120.000 moradores devem abandonar suas casas, de acordo com o policial Tommy Ford. O Partido Democrata apresentou uma demanda para exigir do governo que prolongue em uma semana o prazo de registro para votação, que acabava na terça-feira. A autoridade eleitoral da Flórida determinou que os escritórios locais aceitem novos registros de eleitores até um dia depois da reabertura após o estado de emergência. No ano passado, uma série de furacões catastróficos atingiu o Atlântico ocidental. Os mais devastadores foram Harvey no Texas, Irma no Caribe e Flórida e Maria, que atingiu o Caribe e deixou quase 3.000 mortos no território americano de Porto Rico. A temporada de furacões no Atlântico termina em 30 de novembro.