Trump se reunirá na 5ª com vice-secretário de Justiça que supervisiona inquérito russo
Casa Branca anunciou reunião depois de uma série de reportagens conflitantes que especulavam se Rosenstein deixará cargo
Casa Branca anunciou reunião depois de uma série de reportagens conflitantes que especulavam se Rosenstein deixará cargo
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o vice-secretário de Justiça, Rod Rosenstein, que supervisiona a investigação do procurador especial sobre o papel da Rússia na eleição presidencial de 2016, se reunirão na quinta-feira para debater o futuro de Rosenstein.
“Vamos nos encontrar na Casa Branca e vamos determinar o que está acontecendo”, disse Trump a repórteres nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, após ter uma conversa com Rosenstein nesta segunda-feira. “Queremos ter transparência, queremos ter abertura e estou ansioso para me encontrar com Rod.”
Uma fonte disse à Reuters que Rosenstein passou o final de semana refletindo se deve renunciar depois que uma reportagem da semana passada do New York Times informou que ele sugeriu gravar Trump em segredo em 2017.
A Casa Branca anunciou a reunião depois de uma série de reportagens conflitantes que especulavam se Rosenstein, alvo frequente da ira de Trump, deixará o cargo.
“A pedido do vice-secretário de Justiça, Rod Rosenstein, ele e o presidente Trump tiveram uma longa conversa para discutir as reportagens recentes”, disse a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, no Twitter.
Ela disse que uma reunião ocorrerá na quinta-feira porque Trump estaria na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas nesta segunda-feira e terá encontros com líderes mundiais durante a semana.
O escândalo Rosenstein, provocado por notícias não confirmadas segundo as quais ele se demitiu verbalmente, ressalta a tensão crescente existente na Casa Branca por causa do inquérito do procurador especial Robert Mueller sobre o papel russo na eleição de 2016.
Muitos rumores de que Trump demitiria Rosenstein circularam a partir de sexta-feira, quando uma reportagem do NYT disse que em 2017 Rosenstein sugeriu que se gravasse o presidente em segredo e se recrutasse membros do gabinete para invocar uma emenda constitucional para retirá-lo do cargo.
O jornal informou que nenhuma das propostas vingou. Rosenstein refutou a reportagem, que disse ser “inexata e factualmente incorreta”.
Pouco depois da reportagem Trump afirmou a apoiadores em um evento no Missouri que existe um “fedor persistente” no Departamento de Justiça e que “vamos nos livrar disso também”.
A saída de Rosenstein faria muitos se perguntarem sobre o destino da investigação de Mueller e se Trump, que a classificou como uma “caça às bruxas”, buscaria afastar o procurador especial.
O furor veio à tona só seis semanas antes das eleições parlamentares de 6 de novembro, e a demissão de Rosenstein poderia se tornar um tema político explosivo no momento em que os colegas republicanos de Trump tentam manter o controle do Congresso.
Fonte: Reuters