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Grécia começará a enterrar vítimas de incêndio e governo enfrenta críticas

Alexis Tsipras assumiu responsabilidade política na sexta-feira

Por Reuters 28/07/2018 15h58
Grécia começará a enterrar vítimas de incêndio e governo enfrenta críticas
Reprodução - Foto: Assessoria
A Grécia começará a enterrar neste fim de semana as vítimas de um devastador incêndio florestal que matou ao menos 88 pessoas perto de Atenas e gerou críticas à maneira que o governo lidou com o desastre. O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, assumiu responsabilidade política na sexta-feira pela tragédia, conforme líderes da oposição disseram que o governo havia fracassado em salvaguardar vidas. No domingo, três membros de uma mesma família devem ser enterrados no primeiro funeral conhecido desde que as chamas se agravaram na última segunda-feira no vilarejo à beira-mar de Mati, a 30 quilômetros de Atenas. “Nós iremos dizer nosso adeus final aos nossos amados Grigoris, Evita e Andreas... vítimas trágicas em Mati”, informou a família Fytrou em comunicado publicado pela agência de notícias Athens, pedindo para a mídia não comparecer. A buscas por desaparecidos continuam e muitas pessoas permanecem em hospitais, enquanto nomes de mais vítimas foram revelados. As gêmeas de nove anos Sofia e Vasiliki Filippopoulou, cujas fotos foram amplamente divulgadas, tiveram suas mortes confirmadas, relatou neste sábado a emissora estatal ERT. Testes de DNA indicaram que as meninas e seus avós morreram no incêndio em Mati. O carro incendiado do avô foi localizado do lado de fora de um terreno onde 26 pessoas morreram, com algumas das vítimas encontradas abraçadas, relatou a ERT. Chuvas intensas atingiram a região neste sábado, gerando temores de que o trabalho de equipes de resgate e esforços de moradores para salvar o que pudessem das chamas poderiam ser dificultados. O governo anunciou uma longa lista de medidas de alívio e prometeu atacar problemas de décadas, incluindo construções residenciais desorganizadas e sem licenças, para minimizar o risco de um novo desastre e para diminuir a irritação pública. Um vice-prefeito de Maratona, que administra parte da área afetada, se tornou neste sábado a primeira autoridade a renunciar por conta do incêndio florestal.