Mundo

Chiclete e teste de DNA levam assassino à cadeia 26 anos depois

Investigadores da Pensilvânia conseguiram identificar e prender DJ que matou uma professora de 25 anos no Natal de 1992, com ajuda da tecnologia

Por R7 30/06/2018 17h58
Chiclete e teste de DNA levam assassino à cadeia 26 anos depois
Reprodução - Foto: Assessoria
Mais um crime brutal, cometido há mais de 25 anos, foi solucionado esta semana pela polícia da Pensilvânia, nos EUA, usando técnicas de identificação de DNA. O estupro e assassinato da professora Christy Marick, que aconteceram poucos dias antes do Natal de 1992, na pequena cidade de Lancaster, finalmente têm um autor conhecido. A polícia chegou ao DJ de casamentos e eventos Raymond Charles Rowe, hoje com 52 anos, após testar a compatibilidade do DNA do sêmen encontrado no corpo da vítima no banco de dados de um site de genealogia, criado para que pessoas possam encontrar parentes distantes. Festa falsa O nome de Rowe apareceu imediatamente, mas os investigadores precisavam de uma amostra atual para poder obter o mandado de prisão. Uma escola da região contratou o DJ para uma festa falsa, no fim de maio. A polícia monitorou o homem durante toda a noite e apreendeu uma garrafa d'água e um chiclete que ele mascou durante a festa. Com as amostras de saliva obtidas, foi possível confirmar que ele era o autor do crime, que a polícia investigou durante anos sem sucesso. Ele foi detido na última segunda-feira e aguarda seu julgamento sem direito a fiança. Rowe jamais fora investigado pelo assassinato de Christy Marick. Os policiais interrogaram mais de 1500 pessoas ao longo dos anos, mas nunca conseguiram avançar. "Era a nossa última cartada, não tínhamos mais como avançar", admitiu Craig Stedman, procurador do distrito de Lancaster responsável pelo caso. "Este assassino esteve em liberdade depois desse crime brutal por mais tempo do que Christy Mirack viveu". A professora foi encontrada morta, pela diretora da escola onde lecionava, em meio aos presentes de Natal que estava empacotando, em 21 de dezembro de 1992. Mais de duas décadas depois, o avanço da tecnologia ajudou a encontrar o assassino. Investigação genética O caso é o segundo de repercussão que a polícia norte-americana conseguiu solucionar este ano com a ajuda de bancos de dados genéticos online. O primeiro foi o de Joseph DeAngelo, identificado como o "assassino de Golden State", preso no final de abril. Com ajuda de um teste de DNA, a polícia descobriu que foi DeAngelo quem cometeu pelo menos 12 assassinatos, 51 estupros e mais de 120 assaltos a residência entre 1976 e 1986, aterrorizando duas regiões do estado da Califórnia.