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Governo dos EUA é paralisado com disputa de Donald Trump com Democratas

Paralisação começou um ano após Trump ser jurado como presidente

Por Reuters 20/01/2018 17h45
Governo dos EUA é paralisado com disputa de Donald Trump com Democratas
Reprodução - Foto: Assessoria
O governo mais poderoso do mundo foi paralisado neste sábado, depois que o presidente Donald Trump e o Congresso norte-americano falharam em atingir um acordo sobre recursos para as agências federais, salientando a profunda divisão política do país. Pela primeira vez desde outubro de 2013 - quando um impasse similar que durou 16 dias manteve intactas apenas as operações essenciais das agências -, funcionários federais estavam sendo informados para ficar em casa ou, em alguns casos, trabalhar sem pagamento até o novo financiamento ser aprovado. A paralisação começou um ano após Trump ser jurado como presidente. Sua incapacidade de atingir um acordo apesar de ter maioria republicana em ambas as casas do Congresso marca indiscutivelmente o recuo mais debilitante de sua administração. Democratas têm insistido que qualquer orçamento para renegociar recursos ao governo também deve conter proteção a aproximadamente 700 mil jovens, imigrantes sem documentos que entraram ilegalmente nos Estados Unidos quando eram crianças. Na semana passada, Trump rejeitou um acordo bipartidário no Senado que permitiria acomodar essa demanda, além de prever 2,7 bilhões de dólares da Casa Branca em dinheiro novo para a aplicação na imigração nas fronteiras norte-americanas. Minutos antes de expirar o prazo final para o acordo, meia-noite de sexta-feira, a Casa Branca divulgou um comunicado criticando os Democratas pela paralisação. “Nós não negociaremos o status dos imigrantes ilegais enquanto os Democratas mantiverem nossos legítimos cidadãos reféns em suas demandas imprudentes”, afirmou. A paralisação foi cimentada quando o Senado, reunido tarde da noite na véspera, bloqueou um projeto de lei para manter o financiamento do governo federal até 16 de fevereiro. A votação foi de 50 a 49 votos, bem abaixo dos 60 necessários na casa de 100 membros. Quatro republicanos se juntaram à maioria dos Democratas para derrubar a medida. Um quinto republicano, o líder da maioria do Senado, Mitch McConnell, também votou “não”, mas apenas como parte de uma manobra parlamentar para tornar mais fácil trazer outro projeto de lei ao chão. A ruptura encerrou um longo dia de reuniões fechadas no Congresso e na Casa Branca. Mesmo que prometessem trabalhar para recuperar o governo novamente o mais rápido possível, os republicanos e os democratas culparam uns aos outros pela situação.