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Governo argentino diz que não há sigilo em arquivos sobre sumiço de submarino
Perguntada se houve negligência no desaparecimento do submarino, a juíza não quis avaliar o caso e reiterou que ainda não recebeu nenhuma documentação sobre o incidente
A juíza Marta Yáñez, que investiga o desaparecimento do submarino ARA San Juan, disse nesta quinta-feira (30) que o governo da Argentina afirmou que não há segredo militar na documentação do caso e que agora espera receber os arquivos.
"O Ministério da Defesa avaliou que nenhuma dessas informações estariam englobadas pelos termos da lei ou do segredo militar", afirmou Yáñez, titular do tribunal federal da cidade de Enseada Olivia e responsável pelo caso, em entrevista à rádio "La Red".
Na terça-feira, a juíza tinha convocado o ministro de Defesa, Oscar Aguad, para depor e pediu que ele retirasse o sigilo de arquivos que sejam de interesse para as investigações sobre o que ocorreu com o submarino, que sumiu no dia 15 de novembro.
O ministro pode responder as questões da juíza por escrito.
"Nós pedimos a suspensão do caráter confidencial de toda a documentação que solicitamos", disse a juíza, depois de ter ouvido da Marinha que os arquivos pedidos por ela estavam protegidos pela lei de inteligência, que prevê o sigilo de segredos militares.
"Portanto, iniciamos o caminho para conseguir a autorização, e ela deveria ser dada pelo presidente do país, Mauricio Macri, por meio do ministro da Defesa", completou a magistrada.
Perguntada se houve negligência no desaparecimento do submarino, Yañéz não quis avaliar o caso e reiterou que ainda não recebeu nenhuma documentação sobre o incidente.
"Aqui há um monte de questões técnicas. É a maior tragédia da história naval argentina, em um submarino de guerra que tem particularidades e uma complexidade que supera um pequeno avião ou um avião comercial", ressaltou a juíza.
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