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Estados Unidos pedem novas sanções à Coreia do Norte após lançamento de míssil

Constantes testes nucleares realizados pelo regime de Pyongyang nos últimos meses levaram tanto as Nações Unidas como os Estados Unidos a adotarem uma série de sanções econômicas

Por EFE 29/11/2017 01h48
Estados Unidos pedem novas sanções à Coreia do Norte após lançamento de míssil
Reprodução - Foto: Assessoria
A porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Heather Nauert, anunciou nesta terça-feira que o governo do seu país pedirá a adoção de novas sanções contra a Coreia do Norte depois que o regime de Kim Jong-un fez um novo teste de lançamento de um míssil intercontinental. A informação é da EFE. "A Coreia do Norte deve deixar os seus testes. Todos os países devem respeitar as atuais sanções e devem adotar novas medidas", afirmou Nauert durante uma entrevista coletiva em Washington. Num outro desdobramento do fato, o Japão, a Coreia do Sul e os EUA pediram hoje uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para analisar o lançamento do míssil balístico por parte da Coreia do Norte. Segundo fontes diplomáticas, estão sendo avaliados o local e o horário da reunião, que habitualmente nestes casos acontece a portas fechadas. O encontro pode acontecer nesta quarta-feira (29), quando o Conselho de Segurança já tem prevista uma sessão para discutir sobre o regime de sanções a Pyongyang. Mil quilômetros O Pentágono detalhou em comunicado que o teste realizado hoje por Pyongyang consistiu no lançamento de um míssil balístico intercontinental que percorreu uma distância próxima a 1.000 quilômetros, antes de cair no Mar do Japão. A porta-voz Heather Nauert leu um comunicado do secretário de Estado, Rex Tillerson, no qual ele anuncia que EUA e Canadá proporão antecipar a próxima reunião do Comando das Nações Unidas (UNC), contingente internacional que controla a faixa sul da chamada Área de Segurança Conjunta  que separa as duas Coreias. Além disso, ela ressaltou a intenção de Tillerson de que sejam convidados para a reunião tanto Japão como Coreia do Sul, com o objetivo de analisar os próximos passos a serem dados frente ao que definiu como "ameaça" norte-coreana. Nauert explicou que não existem detalhes deste encontro, já que, embora há muito tempo estivesse previsto que os 15 países que fazem parte da UNC se reunissem, o desafio norte-coreano de hoje precipitou os eventos, por isso os países deverão "encontrar um espaço" nas suas agendas. No entanto, a porta-voz garantiu que a possível adoção de novas sanções será "um dos assuntos centrais" de tal encontro. Saída diplomática Apesar de Nauert reiterar que a intenção do governo americano é encontrar uma saída diplomática para a crescente escalada, ela reconheceu que o regime norte-coreano "não está dando nenhum sinal de querer se sentar para negociar uma solução séria". Os constantes testes nucleares realizados pelo regime de Pyongyang nos últimos meses levaram tanto as Nações Unidas como os Estados Unidos a adotarem uma série de sanções econômicas. As últimas destas sanções foram anunciadas pelo governo americano em 21 de novembro, quando o Departamento do Tesouro dos EUA decidiu impor sanções a 13 entidades que fazem transporte marítimo e terrestre na Coreia do Norte. Estas sanções foram adotadas apenas um dia depois de Trump ter tomado a decisão de voltar a incluir a Coreia do Norte na lista de países "patrocinadores do terrorismo", da qual tinha saído há quase uma década.