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Comentários de Trump sobre protestos incluía "supremacistas brancos", diz Casa Branca
Presidente foi criticado por não citar supremacistas brancos, Ku Klux Klan e neonazistas em sua declaração logo após confrontos no sábado
A Casa Branca disse neste domingo (13) que o presidente americano, Donald Trump, estava condenando todas as formas de "violência, intolerância e ódio" quando falou sobre os confrontos em Charlottesville, incluindo "supremacistas brancos, Ku Klux Klan, neonazistas e todos os grupos extremistas". O chefe de estado foi criticado por não ter nomeado esses grupos especificamente após os confrontos.
"O presidente disse de maneira muito forte em sua declaração no sábado que ele condena todas as formas de violência, intolerância e ódio, e claro que isso inclui os supremacistas brancos, a KKK, neo-Nazi e todos os grupos extremistas. Ele pediu união nacional e que todos os americanos estejam unidos", disse o porta-voz da Casa Branca, segundo a Reuters.
No sábado, Trump usou sua conta oficial no Twitter para se manifestar sobre o confronto. "Nós todos devemos estar unidos e condenar tudo o que representa o ódio. Não há lugar para esse tipo de violência na América. Vamos continuar unidos", declarou.
Na avaliação dos críticos, a mensagem divulgada no sábado deixou implícia uma condenação tanto dos manifestantes de extrema direita quanto dos anti-extremistas pelos violentos confrontos em Charlottesville, na Virgínia. Até mesmo membros do Partido Republicano estavam entre os críticos.
Mais cedo, a filha e conselheira do presidente, Ivanka Trump, já tinha feito uma crítica direta contra "o racismo, a supremacia branca e os neonazistas". "Não há lugar na sociedade para o racismo, a supremacia branca e os neonazistas. Todos temos de nos unir como americanos e ser um país unido", declarou ela, em uma série de tuítes, de acordo com a France Presse.
ConfrontoNeste sábado (12), pelo menos uma pessoa morreu e outras 33 ficaram feridas no protesto de supremacistas brancos na cidade universitária de Charlottesville, no Estado americano de Virgínia. A prefeitura da cidade declarou estado de emergência e classificou o ato como uma 'iminente guerra civil'.
Durante o confronto, um homem atropelou um grupo de pessoas que protestava contra a marcha da extrema-direita dos EUA, que é contra negros, imigrantes, gays e judeus. A mulher que morreu foi identificada como Heather Heyer, de 32 anos.
Reação democrataO ex-presidente Barack Obama e a ex-candidata presidencial Hillary Clinton, principais expoentes do Partido Democrata dos Estados Unidos, também se manifestaram sobre os episódios de violência racial na Virgínia, segundo a agência Efe.
"O amor surge com maior naturalidade no coração humano que o contrário", escreveu Obama em sua conta no Twitter, utilizando uma entrevista do Nobel da Paz Nelson Mandela em reação aos incidentes gerados por uma marcha de supremacistas brancos que foi enfrentada por uma contramanifestação.
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