Mundo
Reino Unido: boca-de-urna aponta vitória, sem maioria, dos conservadores
Contagem dos votos da eleição seguirá noite adentro e o resultado oficial deve ser anunciado nesta sexta
Encerrada a votação no Reino Unido, pesquisas de boca-de-urna prevêem vitória para o Partido Conservador, da primeira-ministra Theresa May, com 314 deputados eleitos. O que não dá aos conservadores maioria no Parlamento e forçaria a formação de um governo de coalizão. O Partido Trabalhista aparecem como o segundo maior, com 266 assentos.
Se o resultado se confirmar, frustrará as intenções de May, que antecipou as eleições gerais buscando conseguir mais apoio no governo para conduzir as negociações do Brexit, o processo de saída do Reino Unido da União Europeia.
Na composição do Parlamento ainda em vigor, o Partido Conservador detém 51% dos assentos. A contagem dos votos da eleição seguirá noite adentro e o resultado oficial deve ser anunciado nesta sexta-feira (9).
O pleito de hoje definirá a composição do novo Parlamento e também se a primeira-ministra Teresa May se manterá no poder. Seu principal adversário é o Partido Trabalhista, liderado por Jeremy Corbyn, da ala mais à esquerda da legenda. De um lado, May é vista como mais firme e confiável diante de assuntos como terrorismo e migração; de outro, representa uma ameaça para políticas de atenção social.
Jeremy Corbyn por sua vez conseguiu reunir bastante apoio popular, principalmente dos eleitores mais jovens, com promessas que incluem cobrar mais impostos dos mais ricos e abolir as altas taxas das universidades do país. Mas ele também sofreu forte rejeição dos que acham sua visão política muito extrema e seu pulso fraco para lidar com a ameaça terrorista.
Lugares inusitados foram preparados para receber os eleitores nesta quinta-feira (8), entre eles um antigo moinho de vento e até um pub, tradicional bar do país. A presença policial foi reforçada nos postos de votação, após os recentes ataques terroristas. E a segurança interna foi um importante foco dessa eleição geral. Muçulmanos que moram em Londres disseram que a questão foi prioridade.
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