Mundo
EUA diz que manterá esforços para reduzir emissões que causam efeito estufa
Segundo Tillerson, decisão de sair do acordo de Paris foi "política"
Os EUA manterão os esforços para reduzir as emissões causadoras de efeito estufa apesar da decisão do presidente Donald Trump de deixar o acordo do clima de Paris, disse nesta sexta-feira (2) o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson.
"Foi uma decisão de política e penso ser importante que todos reconheçam que os Estados Unidos têm um incrível histórico sobre reduzir emissões de gases de efeito estufa", disse Tillerson a jornalistas.
"Isso foi feito sem o acordo de Paris. Não acho que vamos mudar nossos esforços para reduzir emissões no futuro tampouco, de modo que espero que as pessoas tenham isso em perspectiva."
Tillerson, ex-presidente-executivo da Exxon Mobil, tinha defendido a permanência do EUA no acordo, de modo a conservarem uma posição na mesa internacional de negociações sobre como lidar com a mudança do clima.
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a saída dos EUA do Acordo de Paris na quinta-feira (1º), argumentando que o atual documento traz desvantagens para o seu país e beneficia outras nações.
Empresas criticaram saída do acordo
Representantes de várias grandes empresas tecnológicas e indústrias americanas expressaram sua frustração com a decisão do presidente Donald Trump de sair do acordo de Paris.
"Decepcionado com a decisão de hoje sobre o acordo de Paris", escreveu o CEO da General Electric, Jeff Immelt. "A indústria deve agora liderar e não depender do governo", acrescentou.
A associação Information Technology Industry Council, que representa empresas do setor tecnológico, expressou sua "decepção" com a medida e assegurou que é "um passo atrás na liderança dos Estados Unidos no mundo", disse seu presidente, Dean Garfield.
"Apesar disso, mantém-se intacta a determinação da indústria da tecnologia de inovar e resolver a ameaça que representa a mudança climática e gerar oportunidades que criem empregos e façam crescer nossa economia", acrescentou.
As gigantes petroleiras ExxonMobil e Chevron reiteraram seu apoio ao acordo, enquanto a fabricante de automóveis General Motors indicou que a decisão da Casa Branca não desistirá de buscar soluções para enfrentar as mudanças climáticas.
"A GM não vacilará em seu compromisso com o meio ambiente e sua posição sobre as mudanças climáticas não mudou", indicou a companhia em um comunicado. "Acordos internacionais a parte, nos mantemos comprometidos em criar um ambiente melhor".
Melissa Ritchie, porta-voz da Chevron, disse que sua companhia "apoia continuar com o acordo de Paris, pois representa um primeiro passo rumo a um marco global".
"O acordo se alinha com a própria política da companhia sobre emissões de gás carbônico", acrescentou.
Além disso, o fundador da Tesla, Elon Musk, cumpriu a ameaça de deixar o conselho de empresários de Donald Trump depois que o presidente anunciou a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima.
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