Mundo
Macron escolhe conservador como novo primeiro-ministro francês
Republicano, ele era figura sem projeção nacional até recentemente

O prefeito de Le Havre, Edouard Philippe, de 46 anos, foi escolhido pelo presidente Emannuel Macron para o cargo de primeiro-ministro da França, anunciou nesta segunda-feira (15) o Palácio do Eliseu, em Paris. É uma ação sem precedentes na França pós-guerra: a escolha voluntária de um líder de fora do partido do presidente para ocupar o cargo de premiê.
A escolha de Philippe, que é também deputado pelo partido Os Republicanos, foi anunciado por Alexis Kohler, o secretário-geral do presidente.
Considerado de centro-direita, ele é um aliado político próximo de Alain Juppé, ex-primeiro-ministro que concorreu, sem sucesso, na primária presidencial republicana o ano passado e que também é uma figura central da ala centrista do partido.
Ele será uma contrapartida para os parlamentares ex-socialistas que se juntaram à causa de Macron, que é do partido de centro República em Marcha!.
Philippe é a aposta de Macron para dividir a direita e dificultar a eleição de uma grande bancada dos republicanos nas eleições legislativas de junho. Se o plano der certo, outros políticos conservadores podem migrar para o partido de Macron, aumentando as chances de o presidente conquistar a maioria na Assembleia Nacional e ter o caminho facilitado para realizar reformas.
O novo premiê não era uma figura nacionalmente conhecida na França até a semana passada, quando os meios de comunicação começaram a afirmar que ele era um dos principais favoritos para virar primeiro-ministro.
Elite política
Edouard Philippe tem a mesma formação que Macron, como informa a Rádio França Internacional. Com um perfil típico da tradicional elite política francesa, o novo primeiro-ministro é formado em gestão de Serviços Públicos pela Universidade Sciences Po de Paris e diplomado pela Escola Nacional de Administração (ENA), sediada em Estrasburgo (leste). Como Macron, Philippe teve experiências profissionais no setor privado, incluindo um escritório de advocacia americano e no grupo nuclear Areva.
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