Mundo
Submarino dos Estados Unidos com mísseis guiados chega à Coreia do Sul
Chegada coincide com exercício militar na Coreia do Norte
O submarino americano com mísseis guiados que foi enviado à Coreia do Sul chegou ao porto de Busan, sudeste do país, nesta terça-feira (25). A chegada do USS Michigan foi confirmada por Seul, de acordo com as agências Associated Press e Efe.
Uma autoridade da Marinha da Coreia do Sul disse que o submarino fez uma parada de rotina para que a tripulação descanse e o veículo seja reabastecido. Ele não deve participar dos exercícios navais conjuntos entre EUA e Japão que ocorrem na região desde o último domingo.
A chegada do submarino coincide com o exercício com fogo real realizado na Coreia do Norte por ocasião do 85º aniversário da fundação de seu exército. Segundo fontes do governo da Coreia do Sul, citadas pela agência de notícias sul-coreana "Yonhap", o líder norte-coreano Kim Jong-un teria testado artilharia de longo alcance.
Além do submarino, os EUA enviaram à península da Coreia o porta-aviões americano Carl Vinson, em resposta aos contínuos testes balísticos norte-coreanos.
A embarcação e sua frota de ataque se encontram atualmente realizando exercícios conjuntos estratégicos com tropas japonesas no Pacífico e planejam se aproximar da península da Coreia no final desta semana.
Celebração do 85º aniversário do Exército da Coreia do Norte (Foto: Kyodo/Reuters)
Exercício militar na Coreia do Norte
O exercício militar norte-coreano, bem como a comemoração, chegam em um momento de tensão na região por conta dos testes armamentísticos de Pyongyang e o crescente temor que o país asiático realize um novo teste nuclear que aumente a crise com os Estados Unidos.
Fotografias feitas por satélite mostram atividade no centro de testes nucleares de Punggye-ri, na Coreia do Norte, que exibiu há dez dias um grande desfile militar.
Exercícios de EUA e Japão
Dentro dos exercícios navais conjuntos entre EUA e Japão iniciados no domingo, os dois países realizaram nesta terça uma manobra militar que contou com a participação de navios equipados com o sistema antimísseis Aegis, segundo informaram as Forças de Autodefesa do Japão (Exército) em um comunicado.
O navio americano USS Fitzgerald e o navio japonês Chokai tomaram parte no exercício desenvolvido no Mar de Japão e demonstraram sua disposição para responder a possíveis lançamentos de mísseis balísticos norte-coreanos.
As embarcações realizaram uma troca de informações sobre a interceptação de mísseis e de comunicações, detalharam as forças japonesas. O navio dos Estados Unidos está alocado na base naval de Yokosuka, a sudoeste de Tóquio, enquanto que o japonês fica na base de Sasebo, situada em Nagasaki, no sudoeste do arquipélago.
'Medidas de auto-defesa'
A Coreia do Norte disse na segunda (24) que reforçará suas "medidas nucleares de auto-defesa", após a ordem de Washington de enviar para a península coreana o porta-aviões Carl Vinson, em resposta ao lançamento de um míssil norte-coreano no início do mês.
As forças armadas da Coreia do Norte "responderão com golpes mortais" e resistirão "qualquer tentativa de guerra total com um ataque nuclear sem piedade", disse o regime.
'Todas as opções na mesa'
O presidente americano Donald Trump e vários altos funcionários de sua administração advertiram a Coreia do Norte que "todas as opções estão sobre a mesa" no caso dos programas nuclear e balístico de Pyongyang, incluindo a opção militar.
Trump afirmou na segunda-feira que o Conselho de Segurança da ONU deveria "estar preparado" para impor novas sanções a Pyongyang. A ONU já aprovou seis séries de sanções contra a Coreia do Norte.
China pede cautela
Em um telefonema a Donald Trump nesta segunda-feira, o presidente da China, Xi Jinping, pediu que todos os lados demonstrem cautela. A China é a única aliada da Coreia do Norte, mas tem expressado revolta com seus programas nuclear e de mísseis e frustração com a beligerância do regime.
Pequim, que vem pedindo a desnuclearização da península coreana, está cada vez mais receosa de que a situação saia de controle, levando a uma guerra e ao colapso total de seu vizinho isolado e empobrecido.
Na conversa, Xi disse a Trump que seu país se opõe resolutamente a qualquer ação que contrarie as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, segundo o Ministério das Relações Exteriores chinês.
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