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Coreia do Norte diz que ataque cardíaco teria matado homem em aeroporto

Malásia diz que meio-irmão do líder Kim Jong Un foi morto com veneno

Por G1 02/03/2017 08h33
Coreia do Norte diz que ataque cardíaco teria matado homem em aeroporto
Reprodução - Foto: Assessoria

A Coreia do Norte afirmou nesta quinta-feira (2) que há fortes indícios de que um ataque cardíaco pode ter matado o norte-coreano que morreu no aeroporto internacional de Kuala Lumpur, segundo a Reuters.

A Malásia disse que o homem, identificado como Kim Jong Nam, o meio-irmão do líder norte-coreano Kim Jong Un, foi morto com veneno. A Coreia do Norte negou o homem morto seja Kim Jong Nam.

Suspeito será libertado

O procurador-geral da Malásia confirmou nesta quinta-feira (2) que o químico norte-coreano preso durante a investigação do assassinato de Kim Jong-nam será colocado em liberdade e deportado. "Será libertado. É um homem livre. A prisão preventiva expira e não há provas suficientes para acusá-lo", afirmou Mohamed Apandi Ali, de acordo com a France Presse.

Ri Jong Chol foi detido pela polícia há quase duas semanas, após o assassinato de Kim Jong-nam em 13 de fevereiro. Ele será transferido na sexta-feira (3) para o departamento de Imigração, que vai enviá-lo a seu país de origem, de acordo com a emissora de TV "Channel News Ásia", segundo a Efe.

A Justiça da Malásia indiciou por assassinato as duas suspeitas presas, a indonésia Siti Aisyha e a vietnamita Doan Thi Huong, que atacaram Kim Jong-nam no aeroporto e esfregaram em seu rosto o "agente nervoso VX".

A polícia local acredita que as duas mulheres foram recrutadas para realizar o assassinato por quatro norte-coreanos que fugiram para Pyongyang e que estão sendo procurados pela Interpol, de acordo com a Efe.

As suspeitas, por sua vez, alegaram que achavam ter sido contratadas para fazer uma piada com a vítima para um programa de televisão.

Exigência de vistos

O governo de Kuala Lumpur cancelou um programa de isenção de vistos para os norte-coreanos em um momento de escalada de tensão diplomática pelo assassinato do meio-irmão do dirigente norte-coreano, informou a France Presse.

O cancelamento do programa entra em vigor em 6 de março e, a partir de agora, os norte-coreanos vão precisar de um visto, noticiou a agência Bernama, citando o vice-primeiro-ministro malaio, Ahmad Zahid Hamidi.