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Donald Trump assina ordem para revisar regulamentação financeira
Regulamentação do sistema financeiro teve início após a crise de 2008, e é considerada um dos legados de Obama
"Hoje estamos firmando princípios fundamentais para regular o sistema financeiro dos Estados Unidos. É difícil pensar em algo mais importante, não é verdade?", disse o presidente antes de assinar o decreto.
A ordem de revisão de Trump atinge a lei Dodd-Frank, que regulou o setor financeiro após a crise do sub-prime, em 2008. O nome da lei faz referência ao deputado Barney Frank e ao então senador Cris Dodd para aprovar as novas regras. Entre as mudanças propostas pela lei está a inibição de socorros bilionários a instituições financeiras.
Durante sua campanha, Trump prometeu mudar a lei sancionada por Obama, que ainda aumentou as axigências de capital para os bancos, restringiu seu comércio e criou um departamento de proteção financeira ao consumidor.
Presente no momento da assinatura, a congressista republicana Ann Wagner afirmou que a ordem é "um grande momento para os americanos que se preocupam em investir e poupar".
Após o anúncio da ordem de revisão de Trump, as ações de bancos nas bolsas dos Estados Unidos passaram a subir com força.
Segundo a agência Reuters, a ordem de Trump sobre as regulamentações financeiras irá solicitar do secretário do Tesouro dos Estados Unidos um relatório sobre recomendações de mudanças regulatórias e legislativas, no praso de 120 dias.
CríticasA determinação de Trump foi alvo de críticas dos democratas, que disseram que a decisão não tem conteúdo e se alinha com os banqueiros de Wall Street, destaca a agência Reuters. Embora o decreto seja fraco em detalhes, o mercado financeiro viu a decisão como sinal de menos regulação bancária.
Num fórum da Casa Branca com líderes empresariais, incluindo o presidente do JPMorgan, Jamie Dimon, Trump disse que espera que a sua administração corte bastante da regulação conhecida como Dodd-Frank.
Isso envolverá muito mais do que um decreto, disse à Reuters o ex-congressista democrata Barney Frank, co-autor da lei de reforma de Wall Street de 2010. Trump "não pode fazer nenhuma alteração substancial no projeto de reforma financeira sem o Congresso", disse Frank. "A linguagem do decreto não faz nada. Ela diz ao secretário do Tesouro para dar-lhes algo para ler. O tom dele é enfraquecer a lei."
Trump e outros críticos da lei Dodd-Frank dizem que essa regulação têm dificultado empréstimos. Na reunião com executivos Trump disse: "Há tantas pessoas, amigos meus, que têm boas empresas e não podem tomar crédito... porque os bancos só não emprestam por causa das regras Dodd-Frank".
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